De acordo com um levantamento da NordVPN, uma das maiores empresas globais de cibersegurança, o Brasil é um país que lidera o ranking de vazamento de dados mundial, tendo mais de 2 bilhões de dados sigilosos vazados na dark web ao longo do último ano. Um número preocupante no cenário de proteção virtual no mundo.
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Entre as informações mais comuns expostas nesses domínios obscuros da internet, destacam-se nomes, e-mails, cidades, senhas e endereços residenciais. Segundo a NordVPN cerca de 30% dessas informações estavam ativas e poderiam ser utilizadas para fins maliciosos.
O levantamento mostra que entre as empresas de grande porte, o Google (2,5 bilhões), YouTube (692 bilhões), Microsoft e Bing (mais de 500 milhões) são os sites com o maior volume de dados comprometidos.
Os cookies, arquivos de texto utilizados para armazenar informações sobre o comportamento de navegação do usuário, têm sido a porta de entrada para vazamento de dados. Entretanto, esses dados também podem conter informações confidenciais, que o propósito inicial é para melhorar a experiência online ao personalizar conteúdos e anúncios, mas que podem cair em mãos de hackers que podem usá-las para atividades fraudulentas sem a necessidade de login e senha.
No total, o levantamento da NordVPN revelou que, em todo o mundo, mais de 54 bilhões de cookies foram comprometidos. Além do Brasil, Índia, Indonésia e Estados Unidos também apresentaram números significativos de vazamentos. O malware (softwares projetados para roubar informações online) identificado foi o RedLine, responsável por 57% dos crimes cibernéticos relatados recentemente.
Adrianus Warmenhoven, consultor de segurança cibernética da NordVPN, explica que “Graças aos pop-ups de consentimento de cookies, eles se tornaram uma parte necessária no mundo on-line. No entanto, muitos não percebem que, se um hacker obtiver cookies ativos, talvez não precise saber nenhum login e senha para invadir contas de usuários“.
O especialista afirma que a forma mais simples de se proteger é excluir cookies, diminuindo a quantidade de dados disponíveis. Outras formas de se proteger também é utilizar senhas fortes e autenticação de dois fatores; manter softwares e sistemas operacionais atualizados; desconfiar de e-mails e links desconhecidos e consultar periodicamente relatórios de atividades suspeitas em contas online.