Nesta terça-feira, 9, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) formalizaram um acordo de cooperação técnica. O acordo, anunciado durante o evento “Inteligência Artificial e o Futuro da Conectividade: uma Visão Coletiva”, sediado pela Anatel em Brasília, tem como objetivo principal abordar questões relacionadas à conectividade significativa e à inteligência artificial.
O acordo visa melhorar a conectividade para grupos vulneráveis com dificuldades digitais, buscando aumentar a capacidade e confiança de idosos e jovens na realização de atividades online através de iniciativas de cooperação técnica.
A meta em relação à inteligência artificial é incentivar sua utilização de forma responsável e produtiva no ecossistema digital. Isso inclui a disseminação das melhores práticas de IA, estabelecimento de governança ética e a criação de um órgão regulador eficaz para lidar com a interseção entre IA e telecomunicações.
O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, enfatizou o compromisso da Agência em participar dos debates de vanguarda, destacando a importância do desenvolvimento de habilidades digitais para uma conectividade plena. Ele também ressaltou a necessidade de preparar a população para aproveitar os benefícios da inteligência artificial de forma ética.
A diretora e representante da Unesco no Brasil, Marlova Noleto, explicou que um acordo foi estabelecido em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, visando cumprir a Agenda 2030 no país.
Já o coordenador geral da Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores, Márcio Lopes Correa, elogiou a oportunidade de aprender com a experiência de outros países no ecossistema digital e destacou a Anatel pelo uso eficaz de parcerias internacionais.
Por fim, Cristiana Camarate, superintendente de Relações com Consumidores da Anatel, enfatizou a importância do desenvolvimento das habilidades digitais para garantir que as pessoas vulneráveis possam aproveitar os benefícios da tecnologia, incluindo acesso a serviços, informação, educação e participação cidadã. Ela destacou que a exclusão digital pode levar à exclusão social e que é crucial garantir que ninguém seja deixado para trás na era da transformação digital.