Na última semana, visando os iPhones que são roubados e furtados, a Apple lançou uma nova medida de segurança para impedir que os aparelhos roubados sejam desmontados e suas peças utilizadas em reparos e consertos de outras unidades de smartphones. A medida é uma resposta da empresa que vem percebendo o aumento de roubos e furtos de seus aparelhos em mercados, como os EUA.
John Ternus, senior vice president of Hardware Engineering da Apple, diz que a empresa está sempre “buscando novas formas de oferecer a melhor experiência possível” aos seus clientes e, ao mesmo tempo, reduzir o impacto no planeta.
“Nos últimos dois anos, diversas equipes na Apple inovaram no design e na fabricação de produtos para possibilitar reparos com peças Apple usadas sem comprometer a segurança ou a privacidade dos usuários. Com essa expansão mais recente do nosso programa de reparo, estamos animados em aumentar as opções e a conveniência para nossos clientes, ajudando a ampliar a duração dos nossos produtos e suas peças”, completa.
Com previsão para começar no segundo semestre deste ano, o Bloqueio de Ativação limitará o uso de peças de aparelhos perdidos ou roubados. É um sistema que irá interromper automaticamente a reativação do iPhone que tenha peças de modelos que foram perdidos ou roubados.
Quando um cliente leva um aparelho para reparo, o iPhone é zerado e depois passa pelo processo de calibração. A restrição será aplicada neste momento: se as peças forem provenientes de ações criminosas, o Bloqueio de Ativação impedirá a conclusão do procedimento.
Além disso, o usuário também pode habilitar a “Proteção de Dispositivo Roubado”, que mesmo o ladrão conseguindo acesso à senha inicial para desbloquear o iPhone, será necessário reconhecimento facial (Face ID) para acessar as informações como as senhas salvas no aparelho, os dados na nuvem e até mesmo apagar por completo o aparelho, restaurando para os padrões de fábrica, algo que é bastante usados pelos bandidos.
O recurso foi criado a pedido de clientes e autoridades policiais para coibir o roubo de iPhone e impede a reativação de um aparelho perdido ou roubado, e faz parte de um pacote de regras que a Apple criou para que clientes e assistências técnicas independente possam reaproveitar peças usadas de iPhone em reparos.
Inicialmente, as mudanças entrarão em vigor a partir de setembro nos Estados Unidos, e depois para o resto do mundo. Até o momento, não há informações de quando o sistema ficará disponível para os usuários de iPhone no Brasil.
Segundo a Apple, as medidas foram implementadas para aumentar a durabilidade dos aparelhos e reduzir o impacto ambiental de um reparo. A empresa também afirma que possui um método rigoroso para confirmar se uma peça de reparo é original ou não, por meio de sensores biométricos do Face ID (reconhecimento facial) e Touch ID (impressão digital).