Na noite de terça-feira (30.02), a V.tal, empresa de redes neutras de telecomunicações e subsidiária de fibra óptica da Oi (OIBR3), anunciou a emissão de 14,9 bilhões de novas ações a preço total de R$ 4 cada, que serão subscritas pelos seus controladores – fundos de investimento ligados ao BTG Pactual.
A operação já estava prevista nos bônus de subscrição emitidos pela empresa em 30 de junho de 2022, em decorrência de ajuste de participação acordado em 1º de outubro de 2021 e em 9 de junho de 2022, na operação por meio da qual a Oi vendeu parte da sua fatia na empresa de fibra ótica aos atuais controladores.
A V.tal informou ainda que o bônus de subscrição nº 1, Série C — conhecido como “Bônus da Oi” — será emitido pela provedora de rede neutra e subscrito pela Oi, sendo que seu preço total de exercício, caso aplicável, de R$ 1.
Esse bônus está em processo de emissão, sendo parcial ou integralmente exercível pela Oi em até 30 dias a contar da emissão de relatório a respeito do tema, caso a V.tal atinja um patamar de certas receitas de FTTH (fibra óptica até a casa do cliente) para certos clientes e determinados serviços de atacado, com base numa escala que se inicia em R$ 1,85 bilhão, durante este ano.
No dia anterior, a Oi divulgou um Fato Relevante sobre o exercício antecipado desses bônus de subscrição, o que resulta na redução de sua participação na V.tal de 31,21%, para a 17%. Isto faz parte de um instrumento de Transação e Prevenção de Litígios celebrado pela tele com sua subsidiária e os fundos do BTG.
Além disso, o documento ainda detalha uma série de outras cláusulas que, juntas, podem provocar uma redução nos desembolsos da Oi da ordem de R$ 1,783 bilhão, no total.