23/11/2024

Fitch diz que Vivo tem modelo de negócio sólido e elogia tele

Vivo foi vem avaliada de acordo modelo de negócio e estrutura financeira e ainda teve boas projeções para o futuro.

A empresa de análise de risco Fitch divulgou um relatório em que elogia a Telefônica Vivo e reafirma a classificação mais alta possível para os títulos de longo prazo da operadora, atribuindo-lhes a nota AAA(bra).

Segundo o relatório, essa classificação reflete o modelo de negócios robusto da Telefônica Brasil. A empresa se destaca por sua posição de liderança no mercado brasileiro de telecomunicações e por seu perfil financeiro conservador. Essas características são vistas como fundamentais para a sólida avaliação da operadora.

A avaliação da Fitch baseia-se nos resultados recentes da empresa e em projeções de crescimento. A Fitch espera um forte desempenho operacional da operadora nos próximos três anos, especialmente no mercado móvel pós-pago, na banda larga fixa com fibra óptica e nas vendas corporativas.

A política de remuneração de acionistas da Vivo não altera a avaliação de risco do grupo. A Fitch prevê que o perfil de crédito da Telefônica Brasil permanecerá robusto, com fluxo de caixa contínuo, apesar da significativa distribuição de dividendos e dos investimentos, que terão impacto limitado na alavancagem.

O que se espera do futuro

A Vivo lidera o mercado de telefonia celular com 39% de participação, seguida pela Claro com 34% e rating A- Positivo. A TIM, com 24% de market share, tem uma nota de crédito semelhante à da Vivo, destacando seus perfis robustos de negócios, fluxo de caixa estável, baixa alavancagem e flexibilidade financeira. Em contraste, a Oi S.A., em recuperação judicial desde março de 2023, possui uma nota significativamente inferior [D(bra)].

A Fitch projeta que a Vivo terá 101 milhões de assinantes móveis no final de 2024 e 103 milhões em 2025, com a base de clientes pós-pagos crescendo de 64% para 65% no próximo ano. A receita média por usuário deverá aumentar de R$ 29,5 para R$ 30 no período. O Capex da Vivo está estimado em R$ 9 bilhões para este ano e R$ 9,2 bilhões para 2025. Em março de 2024, a empresa possuía R$ 6,8 bilhões em caixa e uma dívida total de R$ 5,1 bilhões.

A Fitch prevê um crescimento anual de 2% a 3% nas vendas de SIM cards e acessos fixos de banda larga nos próximos três anos, enquanto a demanda por telefonia fixa e TV paga deve diminuir entre 5% e 7%.

O leilão de 5G, sem objetivo arrecadatório, teve pouco impacto no fluxo de caixa da Telefônica Brasil. A empresa ainda deve R$ 1,3 bilhão pelas licenças, com R$ 351 milhões a serem pagos a curto prazo e o restante em parcelas anuais de R$ 61 milhões até 2040. A Telefônica Brasil está redirecionando investimentos do 4G e 4.5G para o 5G.

A Fitch também afirma que o Grupo Telefónica, controlador da Vivo, não deve aumentar o endividamento da empresa, que atualmente é de 0,5 vezes o EBITDA. Os espanhóis possuem 75,3% da Vivo, que representa 3% do endividamento total do grupo e gera 23% das receitas, contribuindo para a redução da alavancagem total da Telefónica.

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