Nesta segunda-feira (10), a Ericsson e a O2 Telefónica, unidade da multinacional na Alemanha, anunciaram a extensão de um acordo de core de rede 5G, com o objetivo de desenvolver novas capacidades por meio da recente migração para a nuvem da fabricante sueca. Segundo as empresas, a parceria é de vários anos e que continuarão a inovar e desenvolver funcionalidades na rede principal para torná-la ainda mais preparada para o futuro.
A O2 Telefónica modernizou o seu pacote de core de rede na infraestrutura em nuvem da parceria, o que impulsionou a implementação do 5G standalone (SA). O acordo também inclui o uso das soluções em nuvem da Ericsson. O valor do negócio não foi revelado.
Com a extensão da parceira, a ideia agora é fazer a comercialização de planos diferenciados de conectividade, além de serviços de fatiamento de rede (network slicing), e oferecer programabilidade de rede através da utilização de APIs, sistemas que permitem que softwares se comuniquem.
A parceria entre as empresas no segmento de core de rede móvel ocorre desde 2020, sendo as soluções dual-mode 5G Core e de infraestrutura em nuvem da Ericsson já suportam conectividade móvel para os 45 milhões de assinantes 5G autônomos (SA), 5G não autônomos (NSA), 4G e 2G da O2 Telefónica.
O diretor de Tecnologia e Informação da O2 Telefónica, Mallik Rao, disse: “Queremos sempre oferecer aos nossos clientes uma excelente experiência de rede, entregando-lhes todo o valor da nuvem nativa e 5G independente”. “A rede central é o coração para isso. Com a Ericsson, embarcamos em uma jornada de transformação nativa da nuvem e agora vamos desenvolvê-la ainda mais, expandindo nosso portfólio e recursos para fatiamento de rede, automação e acesso à API”.
“Pela primeira vez em todo o mundo, implementamos em conjunto atualizações de software em serviço no plano do usuário em contêineres em grande escala. Isso nos permite implementar novos recursos com mais rapidez e sem interrupções temporárias para manutenção – um passo importante em direção à rede do futuro”, afirma Mallik Rao.
Em maio, as duas empresas concluíram a primeira atualização mundial de software em serviço (ISSU) de funções de rede no plano do usuário da rede principal na rede de produção da O2 Telefónica sob carga, em escala e sem interrupção do serviço.
Um recurso da arquitetura nativa da nuvem, o ISSU oferece às redes móveis de alto desempenho a capacidade de atualizar software sem qualquer tempo de inatividade do serviço. Os clientes móveis se beneficiam de uma rede aprimorada que é sempre fornecida com as atualizações mais recentes em termos de soluções móveis e segurança, afirmaram os dois em comunicado.
Testes de cloud RAN com 5G e 26 GHz
Em julho do ano passado, as empresas realizaram testes bem-sucedidos de cloud RAN 5G na Europa, onde conseguiram alcançar uma velocidade de mais de 4 Gbps, um marco significativo no desenvolvimento da tecnologia de cloud RAN.
O experimento foi feito por meio de uma rede 5G e utilizou milimétricas (mmWave) na faixa de 26 GHz. Por meio da solução (cloud RAN 5G), é possível que determinados componentes e funcionalidade de redes de acesso via rádio (RAN) sejam virtualizados executados como software.