18/07/2024

Donald Trump volta atrás e apoia presença do TikTok nos EUA

No passado, o candidato presidencial rotulou a mídia como uma ameaça à segurança nacional como argumento para retirá-lo do país.

Donald Trump, candidato presidencial republicano dos Estados Unidos, expressou nesta semana apoio ao TikTok, plataforma de vídeos curtos que pertence à empresa chinesa ByteDance. Segundo o norte-americano, é importante que haja concorrência no cenário da mídia social, para que não haja domínio de outras mídias, como Facebook e Instagram, propriedade da Meta Platforms.

PHOTO: Reuters

A defesa de Trump acaba sendo um pouco polêmica, pois além dos EUA está em meio a discussão de uma possível proibição da plataforma nos país, o próprio candidato, no passado, rotulou o TikTok como uma ameaça à segurança nacional como argumento para retirá-lo do país.

Mês passado, Donald Trump passou a fazer parte dos mais de 170 milhões de norte-americanos que estão no TikTok, e desde então tem afirmado que não apoiaria a proibição da rede social.

“Sou a favor do TikTok, porque você precisa de concorrência. Se você não tem o TikTok, você tem o Facebook e o Instagram — e isso, você sabe — isso é o Zuckerberg”, afirmou Trump à Bloomberg BusinessWeek em entrevista publicada na terça-feira (16).

Trump já chegou a criticar anteriormente a Meta Platforms, por ter suspendido ele por dois anos das redes sociais, como Facebook e Instagram, após o motim no Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.

Tentativa de proibir o TikTok

As tentativas do ex-presidente de proibir o TikTok e o WeChat em 2020 foram frustradas por desafios legais. A medida foi bloqueada nos tribunais dos EUA. Em junho de 2021, o presidente Joe Biden rescindiu as ordens executivas de Trump que visavam proibir esses aplicativos.

Em setembro, haverá audiência no tribunal de apelação dos Estados Unidos, onde serão apresentadas as contestações, oralmente, sobre a nova lei que exige que a ByteDance venda os ativos do TikTok nos EUA até 19 de janeiro, ou enfrente uma possível proibição.

A nova lei foi sancionada por Biden em 24 de abril, visando eliminar a rede social do país, embora não busque proibir o aplicativo completamente. Inclusive, o próprio presidente dos EUA aderiu ao TikTok em fevereiro, uma vez que está em campanha e entende o alcance que a mídia tem entre os americanos.

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