Para a Claro, a TV por assinatura tradicional e o streaming irão se alinhar e projeta uma retomada de receitas para 2025, a partir da abordagem convergência do setor, de acordo com o vice-presidente de estratégia e operação da Claro, Rodrigo Marques.
O executivo esteve presente em um evento promovido por Tela Viva e Teletime nesta segunda-feira (12). “Estamos tentando criar modelos ganha-ganha com parceiros e evoluindo nessa direção. Hoje temos interesses muito mais alinhados do que tivemos no passado“, indicou Marques.
Rodrigo Marques lembrou que a Claro tv+ ja conta com parcerias que possibilita a disponibilidade de canais lineares junto a plataforma streaming, como Netflix, Globoplay e Max. E que outras estão a caminho.
“Estamos na vanguarda da indústria e em poucos meses, teremos o bundle [pacote] com mais conteúdos consolidados no mundo”, prometeu Marques. “Isso é bom para consumidor, para o produtor de conteúdo que não precisa de produções novas a todo momento, e para distribuidora, que tem rentabilidade melhor e modelo mais equilibrado“, prosseguiu o VP da Claro.
Para Marques, a partir de 2025, o cenário poderá começar a mudar, projetando que do ponto de vista das receitas, a TV por assinatura convergente deverá parar de cair na Claro neste ano de 2024. “E no ano que vem, temos possibilidade de algum crescimento“, projetou Marques.
Receita por usuário
O executivo contou que a operadora tem trabalhado muito no ARPU [receita média por usuário], mas que essa transição dos modelos vai enfrentar desafios. “Temos que trabalhar muito no ARPU [receita média por usuário], que é difícil e está menos na nossa mão. Ele foi muito impactado porque o audiovisual foi desvalorizado com entrada de OTTs com preço muito baixo“, contou.
Ele defende que o excesso de plataformas OTTs no mercado propiciou “pacotes de muita qualidade a R$ 10“, o que teria desvirtuado a percepção de valor para o consumidor. “[Já] hoje há um trabalho de todos os players de aumentar o preço, mas é um processo longo“.
“[O segmento] ficou muito complexo depois da euforia inicial do modelo, deixando difícil para o consumidor entender e custoso para os players. Então estamos refazendo de uma forma que seja positiva para todo mundo”, apontou Marques.
Combate à pirataria
O VP de estratégia da Claro também chamou a atenção para a pirataria audiovisual. “Esse ainda é o grande mau desse mercado“, afirmou o executivo. Para ele, os órgãos governamentais devem trabalhar mais no combate à pirataria, especialmente a Ancine.
“A ABTA, Anatel e detentores de conteúdo têm evoluído, mas precisamos da Ancine mais presente para bloquear conteúdos” afirmou o VP. “Tem bastante caminho para avançar, e precisamos da junção de todos os players. Estamos em um bom momento para isso”, avaliou Rodrigo Marques.