De acordo com a Conexis Digital Brasil, o país terminou o primeiro trimestre do ano com 98 mil antenas de operadoras móveis. Desse total, 20,8 mil são do 5G, praticamente o dobro do que foi registrado no ano anterior, que foi de 10,5 mil.
De acordo com dados de suas operadoras associadas (Algar, Claro, TIM, Vivo e Sercomtel/Ligga) e da Anatel, a nova tecnologia possui cobertura em 494 cidades, o equivalente a 49% da população brasileira. Em comparação ao primeiro trimestre de 2023, a rede apresentou um crescimento de cinco vezes (410%), uma vez que tinha cobertura em 97 municípios.
Em acessos móveis, o 5G representa 10% das 238 milhões de conexões do período, ou seja, 23,8 milhões. Até o momento, o 4G ainda é a rede com maior número de acessos (81,5%) e o 3G aparece em terceiro (8%).
“Encerramos o primeiro trimestre do ano com 494 cidades com 5G ativos, muito além da meta da Anatel que prevê, para 2024, apenas a cobertura das capitais. Já no segundo trimestre, alcançamos a marca 651 municípios com a nova tecnologia ativa”, afirmou o presidente-executivo da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari. “Os dados mostram o compromisso das operadoras que têm investido valores próximos a R$ 40 bilhões anuais nos últimos anos”, afirmou.
Investimentos das operadoras
Segundo o balanço, o setor investiu R$ 7,6 bilhões no primeiro trimestre de 2024, cujos recursos foram usados para expansão das redes, com destaque para o 5G. Nos 12 meses entre o primeiro trimestre de 2023 e o primeiro trimestre de 2024, foram instaladas 10 mil novas antenas 5G em todo o Brasil.
As operadoras de telecomunicações anteciparam as metas de implementação do 5G fixadas pela Anatel, tendo cumprido mais de 70% do cronograma previsto para 2025.
Em valores nominais, em relação ao mesmo período de 2023, o setor apresentou aumento de 2,4% no montante investido. Em valores reais, descontada a inflação do período, houve uma queda de 1,5%. Segundo a associação das operadoras, os investimentos são direcionados principalmente para a ampliação da rede de fibra e da cobertura 5G. Em empregos diretos, o segmento aumentou 1%, de 518 mil postos para 524 mil.
Receitas
No período em questão, o setor de telecomunicações acumulou uma receita bruta de R$ 69,8 bilhões. Em valores reais, a receita registrada nos primeiros três meses de 2024 foi 4,4% inferior à média dos últimos 5 anos. A inflação elevada e a alta concorrência no setor foram fatores impactantes na receita.
A maior participação veio da telefonia e banda larga móvel, que responderam por 30,8% da receita do setor. A banda larga fixa representou 22,7% da receita do trimestre.