Nesta quarta-feira (14), a Brisanet divulgou seus resultados financeiros do segundo trimestre de 2024, onde registrou um lucro líquido de R$ 17 milhões, uma redução de 60% em relação ao mesmo período do ano anterior, que foi de R$ 43,9 milhões. De acordo com a empresa, a baixa é resultado das despesas e custos associadas à implementação do serviço de telefonia móvel.
As despesas operacionais tiveram um aumento de 27,5%, chegando a R$ 94 milhões ante R$ 74 milhões do segundo trimestre de 2023. O investimento em pessoal foi de R$ 11,5 milhões para atuar na rede móvel, além da depreciação e amortização (R$ 17 milhões) com as expansões operacionais da companhia.
“Nos últimos nove meses, recrutamos mais de 1,5 mil novos colaboradores (somos quase 9 mil funcionários ao final de junho de 2024) e estendemos a cobertura do 4G/5G, para uma população de pouco mais de 7 milhões de habitantes até julho de 2024”, diz trecho do relatório.
Os custos com os serviços prestados somaram R$ 206,4 milhões entre abril e junho, alta de 30,3% ante o mesmo intervalo do ano anterior.
A receita líquida da operadora nordestina alcançou R$ 346 milhões, uma alta de 15% em relação ao segundo trimestre do ano passado, de R$ 300 milhões. O faturamento registrado foi de R$ 315,2 milhões, impulsionado pelo segmento B2C. O B2B também registrou alta (+6,6), com R$ 31,1 milhões em receitas.
“O crescimento é fruto principalmente do aumento da taxa de ocupação (take-up) da companhia, que no 2T24 atingiu 19,3% e adicionou à sua base 36,6 mil clientes de forma orgânica”, afirma a operadora.
Base móvel 5G e banda larga
A Brisanet encerrou o segundo trimestre com 157,5 milhões de acessos em sua base móvel, quase o dobro dos 78 mil de um ano antes. A cobertura móvel da empresa foi de 96 cidades para 133 municípios. A projeção é que este ano, o 5G esteja disponível em mais 230 cidades, abrangendo uma área de mais de 10 milhões de habitantes,
O serviço de banda larga por fibra óptica encerrou o trimestre com 1,36 milhão de clientes, alta anual de 13%. As casas passadas, residências que podem contratar o serviço de fibra óptica, chegaram a R$ 7,04 milhões, alta de 4%. A rede da operadora está disponível em 158 cidades nordestinas.
“Durante os anos de maior investimento em fibra – 2021 e 2022 – a margem EBITDA foi inicialmente afetada – vale de 32,5% no 4T21 –, mas com o aumento da receita, diluímos os custos fixos e recuperamos a margem a partir do 1T23. Acreditamos que o desenvolvimento do 5G terá a mesma característica, porém, com impacto menor na margem e recuperação mais rápida. Nossa expectativa de margem para o 2S24 é de margem similar à do 1S24, já que ainda estamos trabalhando na massificação das vendas e receitas do 5G”, completou a empresa.