Atualmente, os smartphones concentram uma grande parte, para não dizer todas, das atividades cotidianas dos brasileiros. O celular é usado para se conectar com o mundo, fazer compras, se comunicar, acessar redes sociais, realizar transações bancárias, entre outras atividades. Com essa praticidade, vem junto uma série de ameaças cibernéticas com ataque hackers que podem comprometer a privacidade, segurança financeira e até mesmo a identidade pessoal.
De acordo com relatório de 2023 da Trend Micro, uma empresa de soluções em cibersegurança, o Brasil é o segundo país vulnerável a ataques de hackers.
“Desde 2013 o Brasil tem figurado como principal alvo na América Latina e como um dos países mais visados pelos criminosos digitais em todo o mundo. Para elevar o nível de proteção é fundamental que as organizações e empresas adotem soluções de segurança em multicamadas, para ampliar a visibilidade e a detecção de comportamentos suspeitos, e para terem resposta rápida no caso de invasões, afirmou César Cândido, diretor geral da Trend Micro Brasil, na época.
Já uma pesquisa da NordVPN, 84% dos brasileiros acreditam que seus celulares são a melhor maneira de rastreá-los no universo on-line e quase metade dos entrevistados (40%) sente-se ouvida por seus aparelhos e se preocupa com espionagem por meio de dispositivos.
Embora haja no mercado ampla soluções para evitar ataques hackers, especialmente nos smartphones, os ciberataques estão se tornando cada vez mais sofisticados. Os criminosos vão se adaptando de maneira eficiente a explorar as vulnerabilidades dos dispositivos.
Dessa forma, na era digital, para se proteger contra esses golpes, é importante adotar medidas preventivas para proteger os dispositivos, e evitar que seja invadido por arquivos maliciosos que podem comprometer a segurança do aparelho.
Pensando nisso, o Minha Operadora preparou uma lista de cuidados que todos usuários precisam ter para se proteger contra possíveis ataques hackers.
Como se proteger contra ataques hackers?
- Atualização de softwares
Um dos primeiros passos é manter sempre o sistema operacional dos smartphones atualizado. Sempre que uma empresa realiza o update desses softwares, novos patches de segurança são adicionados para corrigir possíveis brechas que podem ser exploradas por hackers.
Ignorar essas atualizações deixa o aparelho vulnerável a ameaças, que inclusive, já podem ter sido abordadas pelos desenvolvedores na versão atualizada. Com isso, é importante ativar a atualização automática do sistema operacional. Vale ressaltar que até aplicativos que são confiáveis podem conter bugs de programação e que podem ser usados por hackers. A atualização contém as correções dessas falhas que são exploradas em ataques hackers.
- Autenticação de dois fatores
A 2FA (two-factor authentication) é um método de verificação secundário para verificar a identidade das pessoas que acessam um aplicativo ou conta online. A autenticação de dois fatores adiciona uma camada extra de segurança para além do uso da senha.
Para essa camada extra, é possível ativar o envio de um código via SMS, a biometria, como impressões digitais e identificação facial, entre outros métodos. As contas Apple ID e Google oferecem a autenticação 2FA no caso de o seu dispositivo ser usado por agentes mal-intencionados.
Com isso, mesmo que o hacker tenha a senha, será necessário a autenticação dessa segunda camada de segurança, que somente o verdadeiro dono do aparelho tem, evitando assim invasões cibernéticas no dispositivo.
- Senhas fortes e únicas
É importante evitar o uso de senhas que podem ser fáceis de adivinhar, como datas de aniversário, de formatura, padrões básicos, como “0000” ou “1234”. Para ter uma camada de segurança, use senhas extensas, de preferência de 6 caracteres para acima, se estiverem disponíveis. Além disso, se possível, misture letras maiúsculas e minúsculas, números e caracteres especiais. É bom também evitar o uso da mesma senha em mais de um lugar. Ative também o bloqueio automático de tela após um período de inatividade.
- Cuidados com download de aplicativos
Se for baixar algum aplicativo no smartphone, busque por lojas oficiais, como Google Play Store e App Store. Essas plataformas têm medidas de segurança em vigor para verificar a legitimidade dos apps antes de disponibilizá-los para download. No entanto, até nessas lojas oficiais, verifique sempre as avaliações daqueles que já fazem uso do aplicativo, além de ler permissões solicitadas antes de instalar o app.
Evite fazer download de aplicativos de origem duvidosa, pois podem vir com arquivos maliciosos e malwares que podem colocar o aparelho em risco. Além disso, desconfie de apps gratuitos que oferecem funcionalidades muito boas para serem verdade.
No Android, o Play Protect é um recurso que pode melhorar a segurança ao baixar aplicativos. A ferramenta faz a verificação de mais de 100 bilhões de aplicativos todos os dias para procurar por malware, além de avisar se o aplicativo tiver alguma vulnerabilidade.
- Cuidados com links e arquivos recebidos
O phishing é uma prática bastante usada por hackers. Por isso, não clique em links ou abra arquivos de pessoas desconhecidas ou que tenham origem duvidosa. Os cibercriminosos frequentemente tentam enganar os usuários para que divulguem informações pessoais ou financeiras por meio de e-mails, mensagens de texto ou chamadas telefônicas fraudulentas.
Desconfie sempre de mensagens contendo promoções super vantajosas e prêmios muito bons para serem verdade. Geralmente, quando o link já não infecta o aparelho logo após o clique, esses golpes costumam solicitar informações pessoais.
- Evitar usar redes públicas de Wi-Fi
A recomendação é evitar usar Wi-Fi público, pois essas redes costumam ser mais vulneráveis, um espaço perfeito para cibercriminosos acessarem dispositivos das vítimas. Grande parte dessas redes sequer exige qualquer tipo de autenticação para liberar o acesso.
Entretanto, caso seja necessário acessar uma rede pública de Wi-Fi, é recomendado usar Rede Virtual Privada (ou VPN). Isto porque as VPN oferecem criptografia para o fluxo de dados, o que garante mais segurança e proteção para as atividades e os dados pessoais.
Como identificar se o celular está infectado?
O smartphone hackeado, mesmo com todos esses cuidados, ainda pode ser hackeado. Com isso, alguns sinais irão aparecer no seu aparelho, que pode indicar que ele está infectado. São eles:
- Aumento repentino do consumo de bateria.
- Desempenho lento do celular.
- Apps travando ou fechando inesperadamente.
- Ruídos estranhos durante chamadas telefônicas.
- Presença de apps desconhecidos no seu celular.
O que fazer?
Caso você acredite que o seu aparelho está infectado, algumas ações podem impedir que o arquivo malicioso avance no dispositivo. Por exemplo, desligue o celular e remova a bateria (se possível), isso impedirá que o malware continue a se comunicar com seus criadores e enviar seus dados.
Restaure o celular para a configuração de fábrica. Isto fará com que sejam removidos todos os aplicativos e dados do celular, incluindo o malware de possíveis ataques hackers. No entanto, é importante fazer backup dos dados, pois aqueles que não estiverem armazenados no backup serão perdidos.
Além da alteração de senhas, incluindo e-mail, redes sociais e bancos, outra ação é reinstalar o sistema operacional. Até porque, será uma forma de baixar a versão mais recente do sistema.