26/08/2024

Dono do Telegram, Pavel Durov, é preso na França; entenda

De acordo com a imprensa local, havia um mandado de busca contra Durov, emitido com base em uma investigação preliminar.

Nesse final de semana, o bilionário Pavel Durov, fundador e CEO do Telegram, foi preso na França por delitos relacionados ao popular serviço de mensagens. O executivo foi detido ao chegar ao Azerbaijão enquanto descia de seu jato particular na pista do aeroporto de Le Bourget, nos arredores de Paris.

Getty Images

De acordo com a imprensa local, havia um mandado de busca contra Durov, emitido com base em uma investigação preliminar. Ele é suspeito de não tomar medidas para impedir o uso da plataforma Telegram para fins criminosos. Entre os crimes estão fraude, tráfico de drogas, cyberbullying, crime organizado e estímulo ao terrorismo.

Entretanto, a detenção do executivo não está necessariamente ligada a atividades criminosas praticadas por Durov, mas ao uso do aplicativo por terceiros. Para a Justiça, a ausência de moderação e cooperação com as autoridades, em relação aos recursos disponibilizados no Telegram, torna o bilionário cúmplice dos atos criminosos.

As autoridades russas disseram que haviam solicitado acesso a Durov, mas não receberam resposta da França. “Pedimos imediatamente às autoridades francesas que explicassem as razões dessa detenção e exigimos que seus direitos fossem protegidos e que o acesso consular fosse concedido. Até agora, a parte francesa se recusa a cooperar nessa questão”, declarou a embaixada da Rússia em Paris em um comunicado divulgado pela agência de notícias Ria Novosti.

Sobre o Telegram

O aplicativo foi criado em 2013 pelos irmãos russos Pavel e Nikolai Durov, e já conta com cerca de 1 bilhão de usuários. Embora os criadores sejam da Rússia, a sede do Telegram fica em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos e possui servidores em diferentes partes do mundo.

Por permitir grupos de até 200 mil membros, o aplicativo é alvo de acusações de facilitar a propagação viral de informações falsas, bem como o compartilhamento de conteúdos neonazistas, pedófilos, conspiracionistas e terroristas. Inclusive, no Brasil, o Telegram já chegou a ser suspenso por disseminar propaganda nazista.

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