A Agrolend, fintech brasileira focada em financiar pequenos e médios produtores rurais, concluiu uma robusta Série C de R$ 300 milhões. O investimento contou com o ingresso do “Vivo Ventures”, braço de Corporate Venture Capital da Vivo, com um aporte de US$ 1,5 milhão.
Anunciada na semana passada, a rodada foi liderada pelo Creation Investments, fundo de private equity com sede em Chicago, e pelo Syngenta Group Ventures, braço de CVC da gigante agrícola Syngenta.
Atração de novos investidores
Além do Vivo Ventures, a Série C atraiu investidores já envolvidos com a Agrolend, incluindo Valor Capital, Lightrock e Yara Growth Ventures. Outros players renomados, como a L4, venture capital da B3, e o Norinchukin Bank, banco japonês com foco no setor agrícola, também passaram a fazer parte do cap table.
Este movimento ressalta a confiança do mercado no modelo de negócios da Agrolend, que busca expandir o acesso ao crédito para o setor rural brasileiro.
Phillip Trauer, diretor do Vivo Ventures e da Wayra Brasil, destaca o potencial do investimento para aproximar as soluções da Vivo dos produtores. Segundo ele, o aporte reforça a oferta de conectividade e tecnologias de gestão no campo, alinhando-se ao objetivo de aumentar a produtividade do agronegócio nacional.
Potencial de impacto no agro
A Agrolend foi fundada em 2020 com a missão de simplificar o financiamento para pequenos e médios produtores. Utilizando Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), a fintech já oferece crédito em plataformas como XP, Itaú e BTG Pactual. Com o novo aporte, a empresa eleva seu capital total captado para US$ 95,6 milhões, somando um patrimônio acima de R$ 500 milhões.
O CEO da Agrolend, André Glezer, vê a Série C como uma das maiores captações do setor agro no Brasil. Segundo ele, o capital permitirá ampliar a carteira de crédito da fintech para R$ 3 bilhões, beneficiando cerca de 10 mil produtores em 15 estados. Além disso, a empresa busca eliminar a burocracia, permitindo, por exemplo, a assinatura de contratos via WhatsApp.
Amadeo Ibarra, diretor do Creation Investments, reforça que o crescimento rápido e lucrativo da Agrolend representa uma oportunidade para impactar positivamente o setor agrícola brasileiro. Segundo ele, a expansão do acesso ao crédito gera desenvolvimento econômico e social, fortalecendo a base produtiva do país.
A Vivo Ventures já realizou seis investimentos desde sua criação, em 2022, com foco em tecnologias que impulsionam a digitalização. Na visão da tele, o acesso a soluções conectivas para o agronegócio pode beneficiar pequenos e médios produtores, integrando-os mais ao mercado digital. A participação da Vivo no cap table da Agrolend se traduz em sinergia com sua estratégia de inovação para o campo.