04/12/2024

Disney encerra canais na TV paga no Brasil; apenas um continua

Disney encerra seis canais de TV paga no Brasil em 2025. ESPN segue na grade, enquanto a empresa foca no Disney+ e conteúdos sob demanda.

A partir de 28 de fevereiro de 2025, a Disney fará uma mudança significativa no mercado brasileiro de TV paga. A gigante do entretenimento anunciou que vai encerrar quase todos os seus canais lineares no Brasil, mantendo apenas os canais ESPN. A decisão reflete o foco crescente da empresa em sua plataforma de streaming, o Disney+.

Entre os canais que sairão do ar estão nomes de peso, como Star Channel, Cinecanal, FX, Nat Geo, Disney Channel e Baby TV. Essas emissoras, que marcaram gerações, não resistiram à queda de audiência registrada nos últimos anos.

A ESPN, no entanto, continuará ativa na TV paga. O canal esportivo permanece relevante graças à transmissão de eventos ao vivo, incluindo ligas de futebol como a Premier League e a La Liga, além de esportes como NFL e NBA.

O Disney+ será o principal destino do conteúdo dos canais que serão encerrados. A empresa decidiu concentrar seus esforços no streaming, uma tendência que já impacta o mercado de TV linear.

Segundo comunicado, essa decisão foi motivada pelas mudanças no comportamento do público. O consumidor prefere cada vez mais acessar conteúdos sob demanda, no seu tempo, ao invés de depender de uma grade fixa de programação.

Embora emblemática, a decisão da Disney ainda não representa uma tendência generalizada. Empresas como Warner e Globo continuam apostando em seus canais lineares e mantêm parcerias robustas com operadoras como Claro e SKY.

No entanto, a iniciativa da Disney pode acender o alerta para outras empresas do setor. A queda na quantidade de assinaturas de TV paga no Brasil é visível. Dados do IBGE mostram que, em 2023, apenas 25,2% dos lares tinham TV por assinatura, contra 27,7% no ano anterior.

O streaming continua ganhando espaço. O IBGE também revelou que 31,1 milhões de residências brasileiras acessavam plataformas como Disney+ em 2023. Esse crescimento reflete uma mudança no hábito de consumo de mídia, que agora valoriza flexibilidade e personalização.

Mesmo com o avanço do streaming, especialistas afirmam que a TV linear ainda não está com os dias contados. Conteúdos ao vivo, como eventos esportivos e noticiários, continuam sendo pontos fortes desse formato.

A Disney, por sua vez, aposta em um modelo híbrido, mantendo a ESPN ativa na TV paga enquanto reforça o Disney+ como o carro-chefe de sua estratégia digital.

Com essa mudança, o mercado de mídia e entretenimento no Brasil entra em uma nova fase. Para o consumidor, é o fim de uma era marcada por canais icônicos e o início de uma jornada mais conectada ao universo do streaming.

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