22/11/2024

Acessos de telefonia, TV paga e banda larga caem pelo terceiro ano

Desde 2014, quando havia 369,2 milhões de clientes de telecom no Brasil, número de acessos vem caindo, agora com 324 milhões.

Pelo terceiro ano consecutivo, os acessos nos serviços de telecomunicações caíram. A informação é da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que divulgou, nesta segunda-feira (25), o Relatório Anual de 2017, que mostra um resumo do que foi trabalhado no ano passado no setor.

Nesses 20 últimos anos, a queda começou somente em 2014. Desde dezembro de 1997, um mês depois da instalação da Anatel, o Brasil começou a ampliar o número de acessos de interesse coletivo (telefonia fixa, móvel, TV e banda larga). Havia 24,1 milhões de acessos naquela época, número que aumentou em 24% um ano depois, somando 29,9 milhões.


O setor só aumentava depois disso e chegou ao recorde de acessos em 2014: 369,2 milhões. Acontece que, nos últimos três anos, os acessos vêm caindo. Os dados mais recentes são de 2017, quando o Brasil fechou em 324 milhões de acessos, um volume 2,3% inferior ao registrado em 2016. O único dos serviços que registrou crescimento foi o de banda larga fixa – móvel, fixo e TV paga caíram.
Para ilustrar a evolução dos principais serviços – telefonia fixa (STFC), telefonia móvel (SMP), banda larga fixa (SCM) e TV por assinatura (SeAC) –, a Anatel fez alguns gráficos, como este primeiro abaixo:

Um segundo balanço mostra que, em 1998, a telefonia fixa respondia por 66,7% dos acessos de serviços de telecomunicações. Vinte anos depois, o serviço com maior percentual de acessos, em disparada, é a telefonia móvel, com 73% do total. 
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Na comparação com 2016, a atual participação dos acessos de banda larga fixa – serviço que não existia quando a Anatel foi criada – teve aumento de 0,8%. Veja a evolução e a distribuição dos acessos por tipo de serviço:

Em relação às regiões brasileiras que contam com os quatro principais serviços de telecom, a Anatel afirma que a densidade dos serviços ainda é bastante desigual no Brasil.
A região Norte, por exemplo, concentra o menor volume de acessos no final de 2017. Ela reúne 8,6% da população, mas soma apenas 3% dos acessos de telefonia fixa.
Em regiões como Sudeste, Sul e Centro-Oeste, o número de acessos de cada serviço ultrapassa a população total de cada região. Apenas no Nordeste e no Norte vemos números menores de acessos em comparação ao número de habitantes, o que faz a densidade dos serviços estar distante da média no resto do país. Essas informações podem ser analisadas no gráfico abaixo:

A Anatel também calculou a densidade dos serviços de telecom em cada região. O cálculo é feito com base no número de acessos por grupo de 100 domicílios, no caso de telefonia fixa, TV paga e banda larga, enquanto o da telefonia móvel considera acessos por grupo de 100 habitantes.

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