Pretensão da companhia é atingir 1,5 milhão de residências até dezembro. Ao todo, 51 cidades já estão com FTTH.
A aposta na fibra ótica é alta. Depois da Oi focar sua atuação na oferta, chegou a vez da Claro anunciar uma maior expansão do serviço de banda larga fixa, de acordo com as informações do diretor de marketing da companhia, Marcio Carvalho.
Desde que absorveu a marca NET, muitos se perguntam a respeito da atuação a partir de agora. Afinal, uma cobre determinadas regiões com serviços de fibra e outros, enquanto a outra pode ter uma oferta mais limitada, a depender do local em que vive o consumidor.
Com a junção oficial, haverá um investimento para fazer com que várias regiões possam contar com a mesma oferta? Tudo indica que sim.
O projeto FTTH da Claro começou no segundo semestre de 2018 em um teste na cidade paulista de Serra Negra. Com ele, foi possível conhecer o potencial do serviço e as principais diferentes em relação ao cabo HFC, que tem 9 milhões de acessos.
No início deste ano, em janeiro, a companhia começou a implementar o serviço de fibra ótica em cidades que a NET não tinha atuação. Atualmente, a presença é em 51 cidades, de acordo com Marcio Carvalho.
O objetivo da Claro é atingir 1,5 milhão de residências até o fim do ano com fibra ótica e dobrar o número de cidades supracitado. A meta é surgir em novos mercados que não contavam com os serviços NET/Claro, além de concorrer com a expansão dos provedores regionais.
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Para chegar na conquista até dezembro de 2019, a ideia é explorar a estratégia de reutilização da fibra, ou seja, conectar acessos residenciais diretamente ao backbone óptico da Embratel.
A Oi, concorrente direta, se desenvolve pela mesma estratégia e já anunciou que focará sua atuação na fibra ótica.
No comparativo, Carvalho afirma que a Claro conseguiu 30% de penetração na rede, o Market, o famoso take up. Já a Oi, no plano estratégico, calculou o seu em 25%.
A lista atual de fornecedores da Claro é grande, entre eles: Huawei, Ericsson, Cisco e ZTE. Os primeiros testes mostraram que o investimento será significativo para a empresa, pois a rede de fibra é passiva, transmite a partir de uma central e não depende de energia elétrica.
Em relação aos clientes que já estão com a Claro, a aposta é que a fibra fique mais próxima deles por meio da rede híbrida.
“A gente sempre usou a arquitetura híbrida, em que a fibra chega a um nó da rede, e de lá segue com o cabo coaxial para a casa do cliente. Com o aumento das velocidades, vamos instalando mais nós, e a fibra vai ficando cada vez mais perto da casa do cliente, então naturalmente os clientes HFC vão passar para a fibra pura em algum momento. Até lá, usamos a tecnologia DOCSIS 3.1, que está em pé de igualdade com o FTTH”, explicou Marcio Carvalho.
Com tamanha concorrência, o maior beneficiado é o consumidor, que poderá contar com um grande leque de opções, mesmo nas regiões menos atingidas pelas grandes operadoras.
Com informações do Tele.Síntese