Na atual configuração do mercado, os novos modelos de negócios parecem inevitáveis, apesar do duelo com as grandes operadoras.
Na atualidade, muito se discute sobre o VOD (Vídeo sob demanda) e como o serviço deve afetar a oferta das operadoras de TV por assinatura nos próximos meses. Para apimentar ainda mais o debate, surge agora a Guigo TV, uma plataforma de TV paga pela internet.
Portanto, além da preocupação com as plataformas que oferecem filmes, séries, programas e documentários de forma individual, os grandes players terão agora que enfrentar a concorrência da transmissão de canais pela internet.
Com lançamento previsto para a primeira quinzena de agosto, a proposta da Guigo TV consiste em oferecer os canais da TV por assinatura via web. Atualmente em versão beta, a plataforma funcionará em tablets, smartphones, computadores e SmarTV’s.
Na mente dos fundadores, a Guigo deve atrair um público que se interessa pela TV paga tradicional, mas não possui condições financeiras de arcar com os pacotes e combos que obrigam o consumidor a assinar entre 100 e 200 canais, mesmo que ele só vá assistir a metade do que é oferecido.
Renato Svirsky, criador da plataforma, destaca que quando ligam com a intenção de saber sobre o preço da assinatura de todos os canais, ele recomenda que a pessoa de fato só peça aquilo que ela vai assistir.
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ISSO?
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A partir de um pacote básico, com 18 canais, o cliente poderá acrescentar novos grupos de emissoras para aumentar sua programação. Há também a possibilidade de incluir canais individuais.
Na oferta da Guigo estão todos os canais ESPN, Disney, TV Rá Tim Bum, Band, TV Cultura, Kartoon Circus, TV Cartoon, Al Araby (Inglaterra), Bloomberg (EUA), RAI (Itália), TV5 Monde (França), Deutsche Welle (Alemanha), BBC World News (Inglaterra), SexPrive, FashionTV, Global Fashion Channel, além dos exclusivos Al Jazeera (Catar), Las Estrellas (México), TLN Network (México), TV Azteca (México), RCN (Colômbia) e Trace (França).
O pacote básico do serviço custa em torno de R$ 15, com os canais internacionais (chamados de étnicos) e da TV aberta. O diferencial da plataforma é o foco nos étnicos, para atingir uma população de nicho e garantir importantes eventos esportivos que são exibidos por essas emissoras.
A julgar pela oferta, será que a Guigo vai incomodar as TV pagas brasileiras? É bem provável que não, já que o catálogo de canais disponíveis ainda é reduzido se comparado aos das grandes operadoras.
Entretanto, é inegável que a plataforma explora um modelo de negócio que pode ser ameaçador para as TVs por assinatura, já que os consumidores buscam, cada vez mais, flexibilidade e baixo custo na contratação.
E a questão da FOX+? Também pode derrubar a Guigo TV?
Com o lançamento da plataforma, é inevitável não se lembrar da polêmica entre a Claro e a FOX+. Um momento crítico para explorar a transmissão de emissoras da TV paga pela internet.
Entretanto, para Renato Svirsky, a decisão da Anatel contra a FOX+ não afeta a proposta da Guigo TV, pois não se trata de uma programadora fazendo a venda direta para o consumidor. Ele afirma também que a licença de SeAC não é necessária, uma vez que a plataforma não é uma operadora de infraestrutura.
Para finalizar, o empresário destaca que outros serviços exclusivos para a internet, como o PlayPLUS, da Rede Record, também não possuem licença.
Com informações do Teletime