Operadora, que é dona da SKY no Brasil, poderá ter que vender a empresa de TV por assinatura, por causa da compra do estúdio de cinema.
A compra da Time Warner pela AT&T foi toda realizada no exterior, mas aqui, ainda precisa passar pela aprovação da Anatel. O motivo? A operadora é dona SKY, empresa que oferta TV por assinatura e internet banda larga no Brasil.
Trata-se de uma aquisição que encontra a Lei da TV paga como barreira, já que ela estabelece limites e impossibilita que prestadoras de serviços de telecomunicações detenham o controle ou participação superior a 30% de produtoras e programadoras com sede no Brasil.
É aí que está o grande argumento de defesa da AT&T, já que a Time Warner é sediada nos Estados Unidos. Entretanto, as autoridades julgam que o estúdio é de importante atuação no Brasil.
O pedido de anuência feito pela operadora já caminhou na Anatel e segue para o Conselho Diretor, que tomará uma decisão. O relator sorteado foi o conselheiro Vicente Aquino.
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A Lei da TV paga (SeAC) também provoca uma verdadeira guerra entre o serviço FOX+, que vende seus canais pela internet contra as operadoras, que não estão satisfeitas em ver que o serviço anula a necessidade de uma assinatura, já que oferta canais de seus catálogos pela web.
A pretensão era que os dois casos fossem tramitados de forma conjunta, entretanto, o processo da AT&T é mais antigo.
Os estúdios Time Warner foram vendidos por US$ 85 bilhões. Nos Estados Unidos, a operação foi aprovada sem qualquer restrição. Já no Brasil, o Cade impôs restrições, em 2017.
Em fevereiro, a Anatel determinou que a AT&T deveria vender a SKY em até seis meses, mas a operadora tenta reverter a situação com o argumento supracitado. Em caso de derrota, a companhia cogita até mesmo parar de comercializar os canais da Time Warner na TV paga brasileira.
No início do mês, a Time Warner anunciou uma grande plataforma de streaming chamada HBO Max, que engloba conteúdo de todos os seus canais. Ainda não previsão de lançamento para o Brasil. Seria esse um sinal?
De fato, precisamos aguardar os próximos capítulos, mas a AT&T parece ter um plano B no caso de uma resposta negativa da Anatel.
Com informações do Tele.Síntese