Operadora é acusada de violar dados de usuários com o serviço. Procurada, a Vivo afirma que segue a legislação vigente.
Há quem diga que nada é de graça na internet. Se for, significa que nós somos os produtos. A atual polêmica que envolve o serviço Vivo Ads, ofertado pela operadora, esbarra nessa questão. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pediu à Justiça que suspendesse o produto.
A Vivo é acusada de violar dados de usuários. Com o serviço, clientes sem franquia de dados podem assistir propagandas e ganhar acesso à internet como troca. A ação segue protocolada pela Unidade Especial de Proteção de Dados Pessoais e Inteligência Artificial (Espec) do MPDFT.
Segundo os promotores envolvidos, o serviço coleta dados de perfil, geolocalização, histórico de navegação e lugares frequentados por todos os clientes. Os consumidores usam sem esse conhecimento.
Todas informações pessoais registradas são utilizadas para direcionar o marketing, traçar o comportamento dos usuários e oferecer serviços de acordo com a demanda de cada consumidor.
VIU
ISSO?
– Vivo oferece até 110GB de internet para quem solicita
portabilidade
– Bug do Facebook expõe como a rede obtém informações pessoais
nossas
– TIM e Vivo anunciam compartilhamento de redes 2G e 4G
Os promotores explicam que Telefônica tem dois tipos de ganhos com essa operação. O primeiro é o ato da contratação de um serviço, seja ele controle, pré-pago ou pós. Já o segundo, vem pela venda de dados pessoais para outras empresas.
A lógica de mercado é a mesma utilizada por redes sociais como o Facebook. A prática gera polêmicas e processos para a gigante da internet. Afinal, é uma grande coleta de dados e ninguém tem conhecimento do que é feito com as informações pessoais dos usuários que utilizam a rede.
De acordo com o Ministério Público, a Vivo atualmente tem 73 milhões de usuários ativos. Desses, 43 milhões consentem para que a empresa utilize cadastros e 26 milhões permitem acesso aos dados de localização.
Em nota para a imprensa, a operadora informa que ainda não foi citada na ação e cumpre a legislação vigente.
Com informações do Tele.Síntese