Queda nas ações ainda é reflexo do anúncio de que a operadora está gastando seu caixa mais rápido do que o esperado.
Hoje, 19 de agosto, as ações ordinárias da Oi fecharam o dia com queda de 8,26%, atingindo o valor de R$ 1, a menor cotação desde 22 de junho de 2016, quando a ação foi negociada a R$ 0,95. Com esse preço, é disparado um alarme do processo de deslistagem determinado pelo regulamento da Bolsa de Valores.
Desde 2015, os papéis negociados na Bovespa não podem ficar abaixo de R$ 1 por mais de 30 dias consecutivos. Segundo o regulamento da bolsa, caso isso ocorra, a empresa terá que se enquadrar, independentemente de o papel ter sido negociado no período. Caso não cumpra com as obrigações, a bolsa retira o papel do pregão.
Apesar de começar o dia em alta, R$ 1,12, e ter alcançado a cotação de R$ 1,18, o preço começou a desabar a partir das 11h da manhã. O volume financeiro do dia foi de R$ 221,3 milhões, abaixo dos R$ 383,6 milhões de sexta-feira (16).
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As ações preferenciais da Oi também tiveram uma leve queda de 0,79%, fechando o dia de hoje com a cotação de R$ 1,25.
Essa é a terceira baixa consecutiva nas ações ordinárias após a divulgação de que a Oi teve prejuízo no último trimestre. Após despencar na quinta-feira 17,93% (R$ 1,19), os papéis da empresa levaram outro tombo na sexta-feira, de 8,40% (R$ 1,09), após especulações de uma possível intervenção da Anatel na companhia.
Com o dinheiro em caixa acabando, a Anatel teme que a Oi não consiga bancar sua operação e provoque um apagão na telefonia fixa no país.