Empresa vive um verdadeiro sobe e desce na bolsa de valores desde que divulgou seus últimos resultados.
Falência, venda ou recuperação? Desde que divulgou seus últimos resultados financeiros, a Oi é vítima de inúmeras especulações que alteram sua performance de maneira significativa na bolsa de valores.
Entretanto, o destino da empresa segue incerto, apesar de, até às 11h da manhã dessa quinta-feira, as ações da operadora terem registrado uma alta acima de 15%.
Às 13h42, os papéis ordinários (OIBR3) da tele aumentaram 14,63%. Já os preferenciais (OIBR4) subiram 10,95% e estão em R$ 1,52. Os resultados reagem ao anúncio de que a AT&T teria manifestado interesse em comprar a operadora. Se as coisas seguirem por esse caminho, como vai ser o processo?
Há alguns dias, a Oi divulgou seus últimos resultados e apresentou uma saúde financeira preocupante. Os investimentos aumentaram, assim como a dívida. A estimativa é que a operadora só possui dinheiro para operar até fevereiro de 2020.
As ações chegaram a operar no limite mínimo da bolsa, pelo valor de R$ 0,95.
Poucos manifestavam otimismo com os planos futuros da Oi, que pretende vender ativos não estratégicos para colocar dinheiro no caixa. A previsão era de conseguir em torno de R$ 7 bilhões, mas a companhia está sem poder de negociação atualmente, graças aos resultados negativos.
Os números voltaram a crescer quando os acionistas começaram a cogitar vender a operadora. Para isso, são levantadas duas opções: fatiar ou oferta-la como um todo.
VIU ISSO?
– Americana AT&T formaliza seu interesse pela Oi
– Dinheiro da Oi pode acabar em fevereiro
– Oi tem nova estratégia para fugir da falência
Se a primeira opção for escolhida, as principais operadoras brasileiras como Vivo, TIM e Claro entrarão na briga pelos ativos da marca. A operação móvel, assim como a rede de fibra ótica da Oi despertam o interesse das teles nacionais.
Entretanto, se a empresa for vendida como um todo, a disputa pode ficar entre a AT&T, dona da SKY, e empresas chinesas de telecom.
Randall Stephenson, presidente da americana AT&T, se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro e manifestou seu interesse pela Oi, caso o novo marco regulatório das telecomunicações seja aprovado.
Entretanto, o governo brasileiro vai precisar facilitar a vida da gigante americana, que comprou a Time Warner e encontra a Lei da TV paga como barreira para concluir a aquisição no Brasil.
Pelas regras, não é permitido que uma distribuidora de TV tenha mais de 50% do controle de uma empresa de mídia. Portanto, os executivos da AT&T seguem com tentativas para que o governo faça a tão sonhada alteração na Lei da TV Paga e eles não precisem vender a SKY.
Em troca, a companhia oferece o investimento em todos os segmentos de Telecomunicações no Brasil.
O manifesto da AT&T, inclusive, é o motivo da nova alta das ações da Oi. Diversos bancos e investidores só enxergam um caminho para a tele: a venda. Por isso a compra dos papéis segue bem recomendada desde que eles operavam em baixa.
A performance tem mostrado que as previsões podem estar certas, afinal, basta surgir um rumor de compra que as ações da Oi disparam.
[ATUALIZAÇÃO – 29/08/2019 21h31]
Os papéis ordinários da Oi (OIBR3) fecharam o dia em 19,51%. Já os preferenciais (OIBR4) tiveram uma valorização de 10,95%, por R$ 1,52.
Com informações da Folha S.Paulo, O Globo e Investing