Aprovação da PLC 79 abre um novo caminho para recuperação judicial da empresa, que a deixará pronta para a venda ou fusão.
A noite da última quarta-feira, 11, pode ter sido decisiva para o futuro da Oi. A afirmação é justificada pela aprovação da Lei das Teles, que moderniza o ambiente regulatório do setor. Depois dela, a empresa migra do modelo de concessão para o de autorização na telefonia fixa.
Obrigações como a manutenção de orelhões públicos serão retiradas dos compromissos da tele, que passará a ter liberdade para investir e focar nos serviços que são realmente estratégicos para sua operação.
Com uma atuação favorecida pela PLC 79, a Oi caminharia com mais facilidade para sua recuperação judicial e ficaria pronta para uma venda ou fusão.
Nada disso é confirmado pela operadora, mas as especulações seguem há muito tempo. Até mesmo a americana AT&T já foi apontada como uma possível compradora, mas a aposta é que a empresa se desfaça, aos poucos, de ativos para ser vendida em fatias.
“A Oi é um ativo estratégico para os investidores que desejam entrar ou expandir a sua presença no mercado brasileiro de telecomunicações”, afirma o BTG Pactual.
VIU
ISSO?
– Interesse
da AT&T na Oi pode ser um alarme falso? Entenda
– Ações
da Oi sobem mais de 15%; entenda a atual situação da tele
– Comissão
do Senado aprova texto para nova lei de telecomunicações
A parceira ideal para a companhia, segundo analistas, seria a TIM. As “ultra-sinérgicas” redes e serviços da Oi seriam a grande motivação para a fusão que é especulada há muito tempo.
Com a reestruturação em fase final e a nova lei de telecomunicações aprovada, as negociações podem ganhar força novamente. Analistas estimam uma grande sinergia nessa junção, especialmente quando o assunto for a menor necessidade de investimentos operacionais.
Se tivesse a Oi, a TIM seria beneficiada com uma redução nas despesas de linhas alugadas, além de conseguir uma grande expansão dos seus serviços com toda a infraestrutura da tele carioca.
Pelos cálculos do BTG, de acordo com o Ebitda, a Oi poderia ter um valor de R$ 30 bilhões. O patrimônio seria de R$ 12 bilhões, com a dívida líquida de R$ 18 bilhões, ou seja, o patrimonial valeria R$ 17,7 bilhões, R$ 3 por ação.
Se o Ebitda for de R$ 6 bilhões, a Oi pode chegar em R$ 33 bilhões.
Com informações do MoneyTimes