Rodrigo Abreu, presidente da TIM, foi quem deu a notícia. Cobertura 4G da operadora deve fechar 2016 presente em mil cidades brasileiras. |
O presidente da TIM, Rodrigo Abreu, concedeu uma entrevista ao jornal O Globo, em que falou da sua previsão para a operadora que administra para o ano que se inicia. Abreu disse que 2016 será o ano em que o faturamento com dados (internet) vai ultrapassar pela primeira vez a receita de voz, e que a TIM está se preparando – com a expansão do seu serviço de banda larga 4G – para encarar essa nova realidade.
A estratégia da TIM é fazer com que o 4G esteja à frente da operação da companhia no Brasil. Para isso, Abreu revelou que existe uma proposta ousada que deve entrar em vigor ainda em 2016: eliminar todos os aparelhos celulares que não sejam compatíveis com a internet de quarta geração (LTE/4G). Para ele, o cliente 4G é mais rentável do que os do 3G. Isso porque esse tipo de usuário contrata franquias de dados maiores para navegar ainda melhor.
“O 4G é menor no pré-pago, com participação de quase 10% da base. Nos planos controle, já se aproxima de 15%. E nos pós-pagos já está chegando a quase 30%”, afirmou o executivo.
Cobertura vai aumentar ainda mais
A maior cobertura 4G do Brasil, seja em número de municípios, quanto em população atendida, agora é da TIM. Durante o ano de 2015, a empresa cresceu a sua cobertura em mais de 900%, passando de 45 municípios cobertos com a tecnologia, para 411.
E o crescimento da área coberta não para por aí. Até o final do ano, a TIM quer ter internet 4G em 1 mil cidades brasileiras. Em 2017, o objetivo é ter a mesma cobertura do seu 3G, que atualmente contabiliza 1.741 municípios atendidos.
Acordo com o WhatsApp pode acabar
Rodrigo Abreu deu a entender que a intenção de se unir comercialmente com o WhatsApp – aumentar a receita de dados – já foi alcançada, e a empresa pode não ter mais tanto interesse em permanecer sendo parceira do aplicativo, oferecendo acesso gratuito dos seus clientes aos servidores da empresa com sede na Califórnia, EUA.
“Fomos a primeira operadora a introduzir uma parceira comercial com o WhatsApp porque o serviço de dados precisava crescer. Era uma parceria comercial de divulgação de marca e de exclusividade de acesso a características técnicas do serviço. […] O objetivo da parceria era elevar (a receita de) dados e isso foi atingido, com a adoção de pacotes de dados maiores. Hoje, já não é tão relevante porque a participação de dados cresceu muito. O fenômeno de migração de voz para dados vai acontecer com ou sem a participação das operadoras”, garantiu.
Fusão com a Oi
A presidência da TIM voltou a negar que tenha recebido uma proposta formal de negociação com da Oi. No entanto, questionado pela reportagem de O Globo se aceitaria a união entre as duas empresas, Abreu respondeu que a Telecom Italia vai analisar quatro fatores decisivos: “a regulação e o ambiente regulatório; as sinergias que precisam ser revistas, e que hoje ainda não contam com uma análise detalhada; a questão da estruturação financeira, que seria apresentada; e a governança associada a esse tema.”
Leia também: