Dados mais recentes do setor de telefonia celular mostram que está caindo o número de chips ativos no Brasil. |
4,27 milhões de linhas desativadas – este foi o número total que as quatro principais operadoras de telefonia móvel do Brasil deixaram escapar das suas bases de acessos durante o mês de setembro de 2015. É uma das maiores quedas do setor já vista nos últimos tempos, que vinha crescendo constantemente até maio deste ano. As informações foram divulgadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
A Vivo foi a principal responsável pelo número de terminais desativados. Do total de linhas canceladas informado acima, a Vivo teve um impacto negativo de -2,01 milhões. A Claro foi a segunda empresa com mais perdas de acessos, contabilizando -856,4 mil. TIM (-815,3 mil) e Oi (-584,8 mil), completaram o ranking das perdedoras.
Frente a um desempenho mais uma vez sofrível das suas rivais, a Nextel pode se sentir aliviada quanto ao comportamento dos seus clientes. A operadora norte-americana registrou, no Brasil, aumento de 126,6 mil assinantes. A Algar Telecom, que possui operações em algumas cidades de seis estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, também não perdeu ninguém em setembro. Pelo contrário, a Algar registrou saldo positivo de mais 4 mil clientes.
Nos últimos sete meses do ano (março à setembro), a base de clientes de telefonia celular afundou -7,51 milhões. Analistas do setor de telecom estimam que o quadro decrescente das linhas móveis ativas no Brasil é fruto do abandono de um segundo ou terceiro chip por parte dos consumidores. Antes, o cliente precisavam de vários chips para poder se comunicar com todos os seus amigos e familiares a uma tarifa que lhe coubesse no bolso.
Hoje, com o advento de aplicativos de comunicação, como o WhatsApp, as pessoas passaram a se comunicar normalmente pela internet com pessoas de operadoras diferentes. A chegada de ofertas como as criadas pelas operadoras Oi e TIM, que permitem ao consumidor falar com tarifa reduzida com usuários de outras empresas de celular, também devem contribuir com uma queda ainda maior no número de telefones móveis ativos, principalmente a partir do mês de novembro. As próprias operadoras, nas campanhas publicitárias de suas novas promoções, estão incentivando o brasileiro a abandonar o uso do segundo chip e concentrar o uso dos serviços de comunicação num chip só.
No total geral do mercado de celular do Brasil, a Vivo permanece na liderança isolada, com 79,41 milhões de terminais em serviço (28,78%). A TIM é a segunda colocada, com 72,57 milhões de linhas ativas (26,31%). A Claro possui 70,35 milhões de clientes (25,50%), e é a terceira maior operadora móvel do país. A Oi registrou 49,46 milhões de usuários sob o seu controle (17,93% do mercado), e está no quarto lugar. Nextel (2,37 milhões) e Algar Telecom (1,28 milhão) fecham o ranking das maiores teles móveis daqui. Elas possuem 0,86% e 0,47% de fatia de mercado, respectivamente.
O mercado brasileiro de telefonia móvel possui 275,89 milhões de linhas ativas no total, sendo 203,56 milhões (73,78%) delas cadastradas em planos pré-pagos, e 72,33 milhões (26,22%) em planos pós-pagos.
Utilizando as métricas para cálculo de densidade demográfica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país possuía em setembro 134,75 chips de celular em funcionamento para cada 100 habitantes. A região Centro-Oeste é que possui a maior penetração (154,33), seguida da Sudeste (143,02), Sul (136,77), Nordeste (122,4) e Norte (113,41).
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