Luiz Eduardo Baptista pareceu zombar da gigante Netflix ao dizer “Daqui a pouco […] podemos comprar esses caras no Brasil”. |
No último sábado (16), profissionais e executivos se encontraram para o 5º Fórum de Marketing Empresarial, que aconteceu no Sofitel Jequitimar Guarujá. A edição deste ano debateu como as mudanças econômicas e sociais influenciam nas tendências de consumo e as necessidades do mercado e do consumidor, considerando as necessidades de adequação de ações, as mídias e as plataformas de comunicação utilizadas em seus resultados. Na ocasião, o presidente da Sky e diretor de marketing do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, participou de painel e afirmou que a operadora pode comprar a empresa de streaming de filmes e séries Netflix.
Segundo ele, a empresa não apresenta concorrência para a Sky atualmente, mas que, se começar a “incomodar”, poderá ser comprada no futuro. “Nenhum player no mercado de TV paga perdeu base de assinantes por causa da Netflix. É um produto complementar. Não somos concorrentes. Mas, daqui a pouco, se começarem a nos incomodar, podemos comprar esses caras no Brasil”. Baptista falou que, no quesito curadoria no serviço, a Netflix é a que melhor faz a função no mercado. Mas, do ponto de vista de concorrência, não apresenta riscos para a Sky.
Além dos comentários feitos ao divulgarmos os resultados das nossas enquetes semanais, não costumamos expressar nossas opiniões em artigos publicados aqui no Minha Operadora, mas dessa vez abriremos uma exceção (se não quiser ler é só pular para o próximo parágrafo). Estranho é ver que a Sky parece não preocupada em melhorar seu serviço de TV por assinatura que vem cada vez mais ficando defasado diante da concorrência, como no caso da Oi TV – que ultrapassou a Sky em número de canais em alta definição (HD). Pelo contrário, com esse discurso a Sky mostra-se tranquila demais por achar que pode ficar para trás e depois sair comprando tudo o que tiver pela frente, e míope, por achar que pode comprar quando quiser uma plataforma mundial tão grande como a Netflix.
Mas, enfim… Durante a conversa, o presidente falou, também, sobre combate à pirataria. “Há essa necessidade permanente de combater a pirataria e isso envolve reforçar a segurança do sinal em todo o mercado”. Há alguns anos, o índice de pirataria caiu, mas voltou a crescer e supera 15% do mercado. Essa questão foi tema da edição de 2014 do Congresso da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA). À época, diagnóstico, soluções e ações foram apontados pelos participantes.
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