Operadora adicionou três feixes de luz modulados no cabo submarino Monet para fomentar a educação e pesquisa entre os dois países.
A multinacional Angola Cables, em parceria com o projeto Amlight, anunciou a instalação de três transmissores ópticos modulados a 200Gbps no cabo submarino Monet, com o objetivo de melhorar a colaboração científica entre o Brasil e Estados Unidos.
O projeto tem parceria com a Universidade Internacional da Flórida (FIU) e as brasileiras Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Rede Acadêmica de São Paulo (ANSP) e Associação de Universidades de Pesquisa em Astronomia (AURA), formando o consórcio “Amlight Express and Protect”.
O projeto utilizará um espectro de 150 GHz para transmitir os 3 feixes de luz, sendo que cada um deles transportará 200 Gbps entre Boca Raton (nos Estados Unidos), Fortaleza e São Paulo.
A Rota Expressa é representada também por outros segmentos, formando um anel ao redor da América do Sul (foto).
A nova rota disponibiliza uma infraestrutura de alto desempenho, permitindo aplicações científicas na área da astronomia e física de alta energia.
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Um exemplo de uso serão as pesquisas a partir do Grande Telescópio de Levantamento Sinóptico (LSST), instalado no Chile e que tem participação brasileira. Será possível transmitir até 12,7 GB de imagens em apenas 5 segundos, entre o Chile e os Estados Unidos, durante 365 noites por ano, ao longo de 10 anos da pesquisa do telescópio.
“Estamos muito orgulhosos e entusiasmados por sermos um participante ativo neste projeto de pesquisa científica de longo alcance, pois representa o potencial e o valor real que nossas redes de cabos submarinos podem contribuir para o conhecimento e para a compreensão não apenas do mundo em que vivemos, mas os muitos mundos que estão além do nosso sistema solar”, afirma Victor Costa, diretor regional na Angola Cables no Brasil.
Hoje, a Rede Acadêmica de São Paulo fornece conectividade para mais de cinquenta instituições, o que representa 40% da produção científica no Brasil. Portanto, a rota expressa no cabo Monet é um importante marco para a pesquisa nacional.
O novo espectro estará disponível para a comunidade científica até pelo menos o ano de 2032.