Benjamin Netanyahu é acusado de favorecer empresa de telecomunicações enquanto era ministro da comunicação.
As denúncias de corrupção não é uma exclusividade do Brasil. Nesta quarta-feira, 2, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, enfrenta a primeira de uma série de audiências para determinar se ele é culpado de suborno, fraude e abuso de confiança.
Entre as acusações, Netanyahu teria oferecido incentivos à Bezeq, que oferece serviços de telecomunicações, incluindo telefonia fixa, móvel, banda larga, e TV paga. Em troca, a empresa publicaria artigos favoráveis ao político em seu site noticioso “Walla”.
Segundo a Polícia de Israel, entre 2014 e 2017, quando também era ministro da comunicação, o primeiro-ministro teria aceitado subornos e adotado condutas suspeitas que beneficiaram a maior empresa de telecomunicação do país. Editores e repórteres teriam de forma contínua tentado influenciar na imagem do político e sua esposa, assim como na nomeação de altos funcionários do governo.
“Não vão encontrar nada porque não há nada”, declarou Netanyahu, segundo a Efe.
Na audiência de hoje a portas fechadas, os 10 advogados de defesa de Benjamin apresentaram argumentos contra as acusações e provas a favor do primeiro-ministro.
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Caso seja condenado, Benjamin Netanyahu poderá enfrentar até dez anos de prisão por suborno e até três anos por fraude e abuso de confiança.
Além de suspeitas de corrupção, o político também enfrenta uma crise política. Nas eleições de 17 de setembro, o partido de Netanyahu e o de seu adversário Benny Gantz terminaram praticamente empatados. Ambos não conseguiram a maioria necessária dos votos para governar o Parlamento.
O país pode ter novas eleições ainda neste ano.