Operadora prestou esclarecimento aos seus investidores sobre notícia de projeto de captação no valor de R$ 2,5 bilhões.
Nesta terça-feira, 15, a Oi publicou um comunicado aos seus acionistas e ao mercado em geral esclarecendo a notícia veiculada pelo Valor Econômico de que a companhia recebeu na semana passada, dos bancos Morgan Stanley e BTG Pactual, o “esqueleto” de uma proposta de captação de recursos.
Segundo o periódico, a operação injetaria R$ 2,5 bilhões na empresa e que ela poderia ser concretizada ainda este ano. O acordo prevê a emissão de títulos garantidos por recebíveis de telefonia móvel e teria prazo de vencimento de 5 anos.
Ainda de acordo com a fonte do Valor, os bancos preferem lastrear a emissão de dívida garantida em recebíveis do que os ativos da operadora com potencial para serem vendidos. O jornal cita a venda da sua participação na operadora angolana Unitel, o que renderia cerca de US$ 1 bilhão (R$ 4,15 bilhões).
Na prática, um fluxo mensal de R$ 200 milhões proveniente do pagamento de faturas de telefonia móvel seria depositado primeira numa conta de um terceiro, para depois ser repassado à operadora.
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Em nota, a Oi lembrou que já havia informado ao mercado que está buscando formas de financiamento adicionais em diversas instituições financeiras, o que já era previsto em seu plano de recuperação judicial. Também confirmou a contratação da Morgan Stanley e o BTG Pactual para atingir este objetivo.
No entanto, a operadora declarou que até o momento não existe uma definição de um acordo de captação, bem como cronograma ou estruturas de garantias.
A Oi diz, ainda, que avaliou as opções disponíveis e decidiu por manter a avaliação de propostas de captação de recursos adicionais para financiar a suas operações, entre elas a possibilidade de utilizar instrumentos de dívida garantida.
A companhia apresentará em 13 de novembro os resultados do terceiro trimestre de 2019.