União avaliada em US$ 26,5 bilhões permitirá criar uma concorrência mais forte contra as gigantes Verizon e a AT&T.
A Federal Communications Commission (FCC), órgão que regula o setor de comunicações nos Estados Unidos, aprovou a fusão entre as operadoras T-Mobile e a Sprint, um negócio avaliado em US$ 26,5 bilhões, algo em torno de R$ 107 bilhões. As informações são do CNET.
Em julho, a união já tinha sido aprovada pelo Departamento de Justiça dos EUA, com a condição de que um quarto concorrente nacional fosse criado para substituir a Sprint. Para tal, foram feitas negociações com a Dish Network, provedora de TV via satélite, para que ela assuma o posto. A empresa concordou em pagar US$ 5 bilhões (R$ 20,17 bilhões) para adquirir ativos e o espectro pré-pago da Sprint, além de ter acesso à rede da T-Mobile.
No entanto, procuradores-gerais de 18 estados do país estão tentando bloquear a fusão. Eles argumentam que o negócio privaria os consumidores dos benefícios da concorrência e impulsionaria preços.
Por outro lado, a T-Mobile e a Sprint prometem manter os preços por, pelo menos, três anos. Além disso, com seus ativos combinados, seria possível impulsionar suas ambições de expandir o 5G nos EUA.
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Essa não é a primeira vez que a fusão entre a T-Mobile e a Sprint é cogitada. Em 2014, a ideia foi barrada pela Casa Branca e a FCC, pois ambas estavam interessadas em manter quatro concorrentes nacionais. Em 2017, com um governo mais aberto, foi feita uma nova tentativa, mas o negócio não foi concretizado, pois, as empresas não chegaram a um acordo sobre quanto controle cada lado ficaria.
Se o novo negócio for aprovado, a empresa manterá o nome “T-Mobile” e continuará sob comando do CEO John Legere. A ideia é fazer frente contra as gigantes Verizon e a AT&T.
Processo parecido está ocorrendo no Brasil. Há especulações de que a Oi pode ser fragmentada e ter seus serviços comprados pelas operadoras concorrentes, diminuindo o número de grandes players de telefonia para três. É grande a preocupação quanto à qualidade dos serviços e políticas de preços caso isso ocorra de fato.