Consumidor está há mais de 2 meses sem internet, telefone fixo e TV por assinatura em casa.
Há algumas semanas, um usuário de Carapicuíba-SP procurou o Minha Operadora para fazer uma reclamação contra a Vivo. O consumidor alega que era assinante dos serviços de internet, telefonia fixa e TV da empresa.
O problema começou quando ele viajou e ficou fora de casa por 4 meses. Ele afirma que no período não recebeu por e-mail as faturas referentes aos meses de março, abril, maio e junho de 2019.
Ao retornar de viagem, ele foi surpreendido com o serviço cortado por falta de pagamento. Ele alega que não poderiam ter cortado o serviço, pois ele não recebeu as faturas para realizar o pagamento.
Mesmo assim, o consumidor entrou em contato com a Vivo para resolver o problema. Ao solicitar o cancelamento das faturas em aberto, a atendente cancelou a proposta inicial de acordo e encerrou de vez o contrato de serviço.
Ao solicitar um novo acordo e a reativação do serviço, a operadora informou que o CPF do usuário não foi aprovado para realizar tal procedimento.
Após reclamação registrada no site consumidor.gov, por meio do Procon SP, a operadora informou que o cliente teve o pedido negado por ter baixa pontuação no sistema Serasa. “Desta forma sua venda não será realizada devido seu Score estar baixo e análise de crédito não liberar seu CPF”, disse a Vivo.
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O Minha Operadora procurou a Vivo para solicitar um posicionamento sobre o caso e se existia alguma forma de resolver o problema. A operadora retornou dizendo que a sua resposta é a que já foi informada no consumidor.gov.
A empresa alegou na plataforma que tentou vários contatos e que “o cliente cria fatos para receber ressarcimentos e reclama de serviços que estava utilizando”. A proposta da operadora é a realização do pagamento de todos os valores em aberto (no valor total de R$ 592,28), para depois verificar a possibilidade de um novo cadastro e a viabilidade do serviço na região.
O consumidor nega que tenha recebido esses contatos ou que tenha solicitado descontos. Diz ainda que a mesma deverá comprovar na justiça tais declarações. “A mesma solicita a exclusão da reclamação sem fundamentos e ainda por cima faz alegações contra um consumidor que busca respaldo perante a lei” diz o consumidor.
Diante do impasse, em 2 de outubro, o usuário ajuizou ação contra a Vivo no Juizado Especial Cível de Carapicuíba-SP.
O cliente segue sem o serviço de TV e telefonia fixa desde que retornou de viagem, em setembro, pois não há outras operadoras que atendem a região. Quanto à internet, ele conseguiu restabelecer o serviço apenas na última sexta-feira, 25, por meio de uma prestadora local de banda larga.
“Eu só procurei o Minha Operadora porque a atendente da Vivo estava inventando que eu estava criando estórias e inverdades para concessão de crédito. Eu achei isso uma falta de respeito não apenas comigo como um consumidor, mas para outras pessoas também. Vai saber se o tratamento nessa malícia não está acontecendo com outras pessoas que estão buscando seu direito nos órgãos de defesa do consumidor” explica o usuário.