Antes odiado pelas gravadoras, o serviço de músicas Napster é hoje um parceiro relevante para essas companhias e vai desembarcar de vez no Brasil a partir de 1º de novembro. A chegada acontecerá por meio de um acordo com o portal Terra, do grupo espanhol Telefónica/Vivo.
O acordo é semelhante ao feito entre a Oi e o serviço americano Rdio para lançamento do Oi Rdio. A diferença é que o negócio com o Terra prevê que o Napster substituirá o serviço de música por assinatura Sonora, que funciona há 6 anos nos países onde o Terra tem operações, inclusive no nosso.
De acordo com Paulo Castro, presidente global do Terra, o acordo com o Napster foi resultado de uma revisão da estratégia para o Sonora. “O negocio do Terra não é investir em contratos com artistas e infraestrutura para música. E o mercado de assinatura de música é global, tem 3 ou 4 empresas que têm condições de competir pra valer” disse o executivo durante evento em São Paulo nesta quarta-feira (16).
A estimativa é que, com o acordo, o número de assinantes cresça 30% nos primeiros 12 meses. No último número divulgado, em meados do ano passado, o Sonora tinha 500 mil assinantes.
Até fevereiro a parceria chegará aos outros quatro países onde o Sonora funciona atualmente (Argentina, Colômbia, Chile e México). Ao fechar com o Napster, o Terra mais que dobra o acervo de músicas que oferece. O número, que hoje é de cerca de 4,5 milhões de faixas sobe para 10 milhões. Até o fim do ano a expectativa é ter 18 milhões. Globalmente o Napster oferece 22 milhões de faixas.
De acordo com Tiago Ramazzini, ex-Terra que assumiu o comando do Napster para o Brasil e a América Latina, o número no Brasil não passará de cerca de 20 milhões por conta de contratos de licenciamento. Desde 2011, o Napster pertence à americana Rhapsody, que entrou no mercado de transmissão de música pela internet em 2001.
Segundo Castro, as negociações para trazer o Napster ao Brasil começaram em novembro do ano passado para os países onde o Terra atua, mas evoluíram para um projeto maior. A Telefónica Digital, braço da operadora para a área de internet, acabou comprando uma participação na americana Rhapsody, atual dona do Napster. A ideia é lançar outras iniciativas na área de música para as empresas do grupo. Segundo Ramazzini, também há planos de fazer outras parcerias alem do Terra na região.
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Se você ainda não conhece esse tipo de serviço, a gente explica: As músicas por streaming não são baixadas no computador. Basta ter conexão com a internet e dar play para ouvir. A maioria das empresas opera no esquema Fremium. Há versões gratuitas, mas limitadas ou com publicidades. Para ter acesso completo aos acervos de até 25 milhões de faixas paga-se um valor mensal entre R$ 7 e R$ 20.
Confira quem são os principais concorrentes na briga pelos ouvidos dos brasileiros:
Napster: A partir do dia 1º de novembro o Napster vai oferecer acesso ilimitado a um catálogo com mais de 10 milhões de músicas, que poderão ser ouvidas em smartphones, tablets ou PCs. O Napster substituirá a marca Sonora. Além disso, será possível salvar as músicas nos dispositivos e ouvi-las offline, quando não houver conexão de internet.
Deezer: No Brasil desde o início deste ano, o francês Deezer tem como grande diferencial ter material exclusivo com curadoria de editores humanos, além das sugestões automáticas. Conta com mais de 20 milhões de música e com ele é possível ouvir as canções offline. Com a chegada no Napster, o Deezer fez uma promoção e passou a oferecer seu serviço pela metade do preço.
Rdio: O americano Rdio uma parceria com a operadora Oi no fim do ano passado. O ponto forte do serviço é o design. É o que mais estimula a interação com amigos e o que conta com melhor conexão com as redes sociais.
Grooveshark: Cabe agora ao americano Grooveshark o título de rebelde da música. A empresa se autointitula “o YouTube da música” por deixar que os usuários subam livremente as músicas que queiram. O Grooveshark promete dar parte dos lucros às gravadoras, que por sua vez não gostam da maneira como o site opera. Por contar com o apoio dos usuários, é o mais “bagunçado” – há álbuns que não estão com todas as faixas, por exemplo. Por outro lado, conta com músicas raras e difíceis de serem encontradas em outro lugar.
Spotify: Só é acessível no Brasil por meio de gambiarras. A empresa, que é líder no segmento nos EUA, ainda não se pronunciou oficialmente sobre a data em que pretende iniciar sua operação no País, mas já há profissionais contratados em São Paulo.
IdeiasMusik: O serviço da Claro já está disponível em nosso país, e veio para não ficar atrás do Oi Rdio e do TIM Music. A vantagem é que você pode pagar a mensalidade dos planos de streaming diretamente do seu saldo Claro Pré ou da sua conta, no caso dos planos Claro Pós.
IdeiasMusik: O serviço da Claro já está disponível em nosso país, e veio para não ficar atrás do Oi Rdio e do TIM Music. A vantagem é que você pode pagar a mensalidade dos planos de streaming diretamente do seu saldo Claro Pré ou da sua conta, no caso dos planos Claro Pós.