Boletos de TV por assinatura e internet também estão entre os principais vilões da inadimplência no país.
Nesta segunda-feira, 4, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) divulgou uma pesquisa com as principais despesas responsáveis pela negativação de CPFs no país. Entre os principais vilões da inadimplência, aparecem as contas de telefonia fixa ou móvel (20,2%) e a TV por assinatura e internet (16,5%).
Durante o levantamento, foram entrevistados 600 consumidores que tinham contas em atraso nos últimos 3 meses. A amostra inclui brasileiros de ambos os gêneros, acima de 18 anos, de todas as classes sociais e de todo o Brasil. A margem de erro é de 3,97 pontos percentuais. Os dados foram coletados presencialmente entre 13 de junho e 1º de julho.
A pesquisa também mapeou as despesas em atraso, mas que ainda não geraram negativação. As contas de telefonia correspondem a 13,6% e TV paga e internet 10,5%.
Por outro lado, para 47,8% dos entrevistados, as contas de telefone fixo e móvel estão entre os principais compromissos financeiros dos entrevistados. Já para TV por assinatura e internet, o percentual é de 33,3%.
VIU ISSO?
–> Ligações insistentes de cobrança realizada por operadoras é crime
–> Proposta que proíbe aviso de conta atrasada na tela da TV avança
–> Operadoras não podem mais bloquear a internet pós-franquia no Ceará
Perguntados sobre a priorização dos pagamentos de contas, a TV por assinatura e internet (73%) e conta de telefonia móvel ou fixo (66%) costumam ser pagas no prazo pelos usuários.
Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a pesquisa mostra não apenas o orçamento apertado dos consumidores e a falta de controle financeiro.
“Se por um lado, o cenário econômico não vem favorecendo o equilíbrio das contas; por outro, existe um aspecto comportamental importante. Boa parte das pessoas não costuma organizar seus gastos, fazendo compras além de suas possibilidades financeiras, que muitas vezes transformam-se em dívidas difíceis de serem pagas”, avalia a economista.
