Ministro garante que operadoras terão liberdade para comprar infraestrutura de rede de fornecedores que elas quiserem.
Mesmo após lobby de Donald Trump, o governo brasileiro não pretende impor restrições às empresas chinesas no leilão de frequências de 5G. A afirmação é do ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações. Inclusive, o presidente Jair Bolsonaro disse que a palavra final sobre o assunto é de Marcos Pontes.
Em entrevista, Pontes lembrou que o papel do ministério é regular e fiscalizar, não interferir no mercado. Disse que seria necessária uma razão muito forte para excluir uma empresa de fazer negócios com o Brasil.
Sobre a possibilidade de ataques cibernéticos, o ministro garantiu que vai fiscalizar qualquer risco de segurança. Para ele, todas as tecnologias têm algum tipo de vulnerabilidade, não apenas as chinesas, mas as empresas têm standards, certificações e passam por fiscalização.
Além disso, Marcos Pontes lembrou que a Huawei, por exemplo, já possui uma grande infraestrutura implantada no Brasil. A entrada do 5G no país não deve mudar a realidade de que elas já estão dentro do sistema de telecomunicações.
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“As empresas de telecom, que são as que participarão da disputa, vão ficar livres para contratar a tecnologia de quem elas quiserem” afirmou o ministro.
Marcos Pontes também negou que o governo tenha recebido pressão dos Estados Unidos sobre a Huawei. Para ele, cada país tem a soberania para tomar suas próprias decisões e que, no caso brasileiro, deverão ser sustentadas pela ciência.
O leilão do 5G deve ocorrer no segundo semestre de 2020, diz o ministro. O edital deve ser liberado no primeiro semestre.
Com informações de UOL Economia.