Operação está em sua 69ª fase e a etapa foi batizada de “Mapa da Mina”.
A Oi entrou na mira da Operação Lava Jato, que está em sua 69ª fase. Nesta terça-feira, a Polícia Federal (PF) se encaminha para cumprir 47 mandados de busca e apreensão na etapa que foi batizada de “Mapa da Mina”.
O grupo entrou na investigação por conta de supostos repasses para uma empresa que pertence a um dos filhos do ex-presidente Lula, que depôs na 24ª etapa sobre o assunto. Portanto, a iniciativa é um desdobramento da mesma.
Na investigação, crimes de corrupção, tráfico de influência e lavagem de dinheiro são investigados. Esse último pode ter sido feito por meio de contratos com operadoras de telefonia, internet e TV por assinatura no Brasil e no exterior.
Os repasses foram realizados entre 2005 e 2016 e chegam até R$ 193 milhões, de acordo com o que foi divulgado pela Polícia Federal.
VIU
ISSO?
–> Oi
quer mais tempo para se recuperar judicialmente
–> Quem
é o novo diretor da Oi?
–> Fibra
ótica da Oi já está em 76 municípios
A nova fase foi autorizada pela 13ª Vara Federal de Curitiba e as buscas serão realizadas no Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Distrito Federal. O nome da operação é inspirado em uma apresentação interna da maior companhia de telefonia investigada.
Na ocasião, fontes de recurso eram citadas como “Mapa da Mina” na apresentação financeira.
Ainda não se tem informações se outras empresas de telecomunicações serão investigadas.
NOVIDADE SOBRE O ASSUNTO:
–> Vivo também é investigada pela Lava Jato
O Minha Operadora entrou em contato com a assessoria da Oi e recebeu o seguinte posicionamento.
“A Oi informa que atua de forma transparente e tem prestado todas as informações e esclarecimentos que vêm sendo solicitados pelas autoridades, assegurando total e plena colaboração com as autoridades competentes.”
[ATUALIZAÇÃO – 10/12 19h51]
Abaixo, o esclarecimento oficial e completo da companhia sobre a abertura das investigações. Confira:
Comunicado da Oi
A Oi esclarece que, no âmbito das definições de seu plano de recuperação judicial, aprovado em Assembleia Geral de Credores em dezembro de 2017, foram estabelecidos novos padrões de governança e composição societária, culminando em uma nova estrutura de administração, com a eleição de um conselho independente e de uma diretoria-executiva responsável pela implementação do plano de RJ.
Com a homologação de seu plano pelo Juízo da RJ, esta gestão iniciou um processo de soerguimento da companhia, sob supervisão judicial, seguindo ritos legais e de forma transparente. Nesse contexto, a companhia anunciou ao mercado, no inicio deste semestre, a implementação de um plano de transformação de seu negócio.
No âmbito de investigações já concluídas ou em curso por diferentes autoridades, a companhia tem participado de forma colaborativa, com o envio de todas as informações solicitadas. A gestão da companhia reitera que não compactua com nenhuma irregularidade e não tem medido esforços para assegurar que quaisquer ações que eventualmente possam ter prejudicado a companhia sejam integralmente apuradas.
Sob o ponto de vista da companhia, é importante ressaltar que os episódios até agora mencionados nas investigações não representaram de fato nenhum benefício ou favorecimento a seus negócios. Ao contrário, a companhia, ao protocolar sua petição com pedido de recuperação judicial, elencou alguns desses episódios – a exemplo da fusão com a Brasil Telecom e operações societárias com a Portugal Telecom – como componentes que levaram à crise de liquidez que justificou esse pedido.
A Oi, também no âmbito de sua transformação de governança e administração, vem adotando e aprimorando uma série de iniciativas e procedimentos internos, que incluem revisão e adequação de contratos, estabelecimento de novas práticas de gestão e adoção de regras estritas de compliance. Nesse contexto, a companhia tem adotado processos de auditorias internas e forenses, com o objetivo de apurar quaisquer irregularidades. Estes processos são fundamentais para a tomada de decisões e medidas corretivas.
A Oi é a principal interessada no total esclarecimento de eventuais atos praticados que possam lhe ter gerado prejuízo e reafirma o compromisso de seguir com seu processo de transformação, mantendo-se em linha com os mais elevados padrões de governança, ética e transparência.
Com informações de G1