Operadora enviou comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na manhã desta segunda-feira, 23.
A Oi (OIBR3 / OIBR4) segue em passos estratégicos para recuperar o fluxo do seu caixa e sair bem-sucedida da recuperação judicial que vive desde 2016. Na manhã desta segunda-feira, 23, a operadora comunicou que vai emitir debêntures simples para levantar R$ 2,5 bilhões. O vencimento é em 24 meses a partir da data de emissão.
Para que os que ainda estão perdidos, debêntures são títulos de dívida. O investimento é como um empréstimo para a empresa em questão, onde o investidor assume o papel de credor e recebe juros fixos ou variáveis no final do período compactuado.
Aqui, a Oi assinou a escritura para a emissão privada de debêntures não conversíveis em ações. Os investidores serão remunerados conforme a variação do dólar americano, mais juros de 12,66% no ano nos 12 primeiros meses e 13,61% nos outros.
As garantias reais e fidejussórias dos papéis são da Oi Móvel, divisão responsável pelos serviços de telefonia móvel e TV por assinatura oferecidos pela marca, sob controle da Telemar Norte Leste, responsável pelo serviço fixo.
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A conclusão deve ser realizada até janeiro de 2020, de acordo com o prazo estipulado por Rodrigo Abreu na última apresentação de resultados da Oi. Atualmente, o executivo ocupa o cargo de Diretor de Operações, mas vai assumir como presidente em 31 de janeiro.
Trata-se de um recurso que pode fortalecer o caixa enquanto a operadora não se desfaz da sua participação na angolana Unitel, que deve render US$ 1 bilhão para a empresa carioca.
“A Emissão foi aprovada com fundamento no que prevê a Clausula 5.3 do Plano de Recuperação Judicial das Empresas Oi e está inserida no contexto de um financiamento extraconcursal, na modalidade Debtor in Possession Financing (DIP Financing)”, disse a companhia no comunicado enviado.
Ou seja, a operação foi aprovada em um contexto extraconcursal, no âmbito da recuperação judicial.