Rivalidade entre China e Estados Unidos parece longe de ter um fim; entenda o novo capítulo.
Mais uma vez, o Brasil deve se tornar palco da disputa entre China e Estados Unidos pela adoção do 5G. Dessa vez, os americanos querem competir com a iniciativa chinesa de investimentos “Cinturão e Rota” (Belt and Road).
Para isso, o governo do país lançou o programa “América Cresce” (Growth in the Americas) e quer o Brasil incluído. Se a parceria ocorrer, a Huawei pode ser impedida de participar do leilão 5G, previsto para meados de 2020.
A nova iniciativa americana foca em investimentos de infraestrutura e os setores de energia e telecomunicações são destaques, apesar de alguns detalhes ainda não terem sido divulgados.
O principal objetivo é ajudar países latino-americanos na atração de investimentos privados para os setores que são prioridade nas nações envolvidas. O governo americano vai disponibilizar recursos e assistência de suas agências.
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O Brasil parece inclinado para a proposta e deve assinar o memorando em breve, pois já teve até mesmo o parecer jurídico do Ministério da Economia. Países como Argentina, Chile, Jamaica e Panamá já embarcaram no programa.
A iniciativa americana pode ser a solução que o país tanto buscava para frear a China, que lidera a corrida na adoção do 5G e se destaca como a principal fornecedora de equipamentos, graças à atuação da Huawei.
Entretanto, as duas nações vivem uma guerra comercial. O governo americano, por exemplo, já baniu a gigante chinesa e a acusou de promover espionagens no país por meio de seus equipamentos tecnológicos.
O país nunca conseguiu provar as acusações e alguns analistas acreditam até mesmo que a adoção do 5G é um dos motivos para o embate, já que os Estados Unidos lideraram no 4G e não querem sair em desvantagem na geração seguinte.
Com informações de Folha de S.Paulo