Manifestações são motivadas pela alta no preço da gasolina.
Nesta quarta-feira, 25, autoridades iranianas bloquearam o acesso à internet na capital Teerã e em várias províncias do país. A ação pretendia reprimir os protestos motivados pela alta do preço dos combustíveis.
As manifestações começaram em 15 de novembro, quando o governo anunciou que o preço da gasolina aumentaria em 50%, para 15 mil rials por litro (R$ 1,84/litro) e que os motoristas teriam permissão para a compra de apenas 60 litros por mês até que o preço suba para 30.000 rials (R$ 3,68).
Desde então, inúmeros protestos têm sido realizados, inclusive com postos de gasolina, shopping centers, mesquitas e prédios públicos sendo incendiados ou atacados.
Segundo a Anistia Internacional, em apenas um dia, pelo menos 304 pessoas foram mortas e milhares presas durante os protestos. O número total de mortes pode chegar a 1.500.
VIU ISSO?
–> Governo suspende serviços de telefonia e internet na Índia
–> Governo russo pretende desconectar país da internet
–> Internet gratuita deveria ser um direito humano básico, diz estudo
O bloqueio da internet ordenado por autoridades iranianas serviu para dificultar que manifestantes publicassem vídeos nas redes sociais para gerar apoio no protesto que estava sendo organizado em memória daqueles que morreram durante os confrontos de novembro.
Imagens captadas por celulares têm mostrado forças de segurança do país atirando em manifestantes desarmados.
A restrição ao uso da internet tem sido comum não apenas no Irã, mas também em outros países. Recentemente, a Índia utilizou a mesma medida para abafar protestos contra a nova lei de cidadania, que discrimina os praticantes do islamismo.
Com informações de BBC.