Frágil situação financeira da tele pode ser um dos entraves para a realização do leilão 5G.
Entender pode ser complexo, mas não impossível. A questão é que a frágil situação financeira da Oi é vista como um entrave para a realização do leilão 5G no Brasil, que pode ficar para o início de 2021, segundo fontes do setor.
Sobre a Oi, muitos suspeitam que a tele vai terminar 2020 já incorporada pelas concorrentes. Em recuperação judicial, a carioca começou a cogitar a venda da sua operação móvel e operadoras brasileiras como TIM, Claro e Vivo já manifestaram interesse.
Com a Oi fora do cenário, a competição entre grandes empresas nacionais do setor seria reduzida. A operação da carioca é avaliada em R$ 20 bilhões e o crescimento foi de 36% no terceiro trimestre.
A TIM está interessa em uma união, mas Claro e Vivo estão prontas para entrar na disputa e impedir que isso aconteça. Ambas mantêm conversas com acionistas do grupo.
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Mas qual é a relação com o 5G? Os caixas, que são finitos. As companhias interessadas precisam agir o quanto antes, para acumularem mais recursos até a realização do leilão.
De acordo com o executivo de uma operadora, não há caixa para dois grandes passos ao mesmo tempo. Por isso, vão querer acelerar uma possível compra da Oi.
O grande problema é que, caso a Oi formalize algum acordo, fusão ou até mesmo venda para uma operadora brasileira, o processo passa pela aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e deve demorar cerca de 18 meses.
Portanto, há uma preocupação com os valores que serão cobrados pelas frequências 5G, assim como o período de realização dos leilões. Será que a Oi consegue segurar as pontas da operação móvel até o leilão?
Ou as empresas brasileiras vão arriscar ficar sem recursos e investir nos ativos da operadora carioca?
É a resposta que 2020 nos trará!
Com informações de O Globo