Entrou areia? Intervenção da operadora foi autorizada pelo Cade; entenda o ocorrido.
Quando tudo parecia tranquilo e as operadoras TIM e Vivo prontas para a operação de compartilhamento da rede 2G, 3G e 4G, surge a Claro como uma das partes interessadas e com autorização do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Para que todos entendam, a operadora da América Móvil quer salvaguardar seus interesses e direitos, com a preocupação de que eles afetados na união das duas concorrentes.
No pedido que apresentou, a Claro argumenta que não se trata de um típico ran-sharing. As duas pretendem desligar parte das suas infraestruturas instaladas e fazer o compartilhamento mútuo, onde empresas competem em várias dimensões.
O desligamento vai diminuir o número de redes disponíveis e pode ter impactos diretos no mercado. É uma prática que leva a interações adicionais para definir quais serão desligadas e qual será o critério de uso para determinadas localidades.
VIU ISSO?
–> Vivo e TIM vão compartilhar 3G e 4G em mais de 800 cidades
–> TIM e Vivo anunciam compartilhamento de redes 2G e 4G
–> Canal rompe com a Claro net tv e fecha com a Vivo
TIM e Vivo pretendem fazer o uso de uma rede única para o 2G em mais 2.700 cidades, com isso, ambas vão desativar a sobreposição entre infraestruturas.
Já no 3G e 4G, uma vai ceder acesso à rede da outra nas áreas em que uma delas estiver sem sinal de internet móvel. A iniciativa deve atingir mais de 800 municípios.
E o que a Claro quer?
Em relação ao acordo, a operadora da América Móvil afirmou que é uma operação de single grid mais ampla do que um “ran sharing”. Com isso, a marca pediu que o Cade cobre esclarecimentos sobre os pontos obscuros do negócio.
Solicitou também que outras empresas fossem ouvidas, principalmente novas entrantes e pequenas operadas de telecomunicações.
“Diante do exposto acima, considerando-se os argumentos elencados pela peticionária, acima resumidos, infere-se que a Claro, como concorrente direta das requerentes no mercado de SMP, constitui terceiro dotado de legítimo interesse pelo caso”, disse Ednei Nascimento da Silva, coordenador geral da análise antitruste do Cade.
O pedido de intervenção da Claro foi acatado por Kenys Menezes Machado, superintendente-geral substituto do Cade.
No entanto, é possível que a operadora também possa estar interessada em fazer parte do negócio junto com suas concorrentes. Tema que abordamos na seguinte publicação:
Com informações de UOL