Suspensão do acompanhamento especial para a operadora pode contribuir para a tão aguardada negociação na área de telecomunicações.
A situação da Oi (OIBR3 / OIBR4) segue muito bem fluída em 2020. Depois de concluir a venda de uma série de ativos, como imóveis e a participação na angolana Unitel, a operadora foi desconsiderada do acompanhamento especial da Anatel.
Com os movimentos atuais, a agência julgou que a tele não corre mais o risco da falta de liquidez, ou seja, nada de intervenção do governo, conforme foi alarmado em 2019.
Recentemente, a marca ganhou o reforço de US$ 1 bilhão no caixa com a venda da Unitel, além dos R$ 2,5 milhões proveniente do processo de capitalização.
Agora, a caminhada mais esperada para a companhia é a venda da unidade móvel, que deve colocar a empresa nos eixos para possibilitar um foco ainda maior na fibra óptica.
O produto será o carro-chefe da atuação da Oi nos próximos anos. Segundo Rodrigo Abreu, atual CEO, a empresa não depende da venda da Oi Móvel, mas ela seria importante para fazer a companhia expandir seus negócios de fibra com mais rapidez.
VIU
ISSO?
–> Oi
vende suas ações da Unitel
–> TIM
deve ficar com 70% da Oi Móvel
–> Oi
vai emitir R$ 2,5 bi em debêntures da divisão móvel
Vivo e TIM são vistas como as compradoras ideais. Enquanto a primeira deve ficar com 30%, a segunda teria 70% das operações da concorrente.
A exclusão do acompanhamento especial da Anatel pode favorecer a operação, que deve movimentar cerca de R$ 20 bilhões para os cofres da empresa carioca.
Uma intervenção nunca esteve nos planos do governo, segundo uma fonte. Se ocorresse, seria apenas na telefonia fixa por conta da concessão e tornaria o cenário ainda mais complexo.
Com a nova jogada da Anatel, a Oi tem um bônus para continuar seu plano de atrair investidores e garantir sua sobrevivência a longo prazo.
Com informações de O Globo