Maior detentora independente de hotspots, a Linktel que avançar rapidamente na ampliação de sua rede wi-fi no Brasil. O objetivo é chegar a 10 mil pontos de acesso até a Copa do Mundo, com investimentos da ordem de R$ 20 milhões, mas sobretudo atender outras praças, especialmente no Nordeste, onde há demanda reprimida do serviço.
Atualmente com quase 2 mil hotspots, a empresa pode chegar ao final do ano com até 4 mil, em um cenário mais otimista, diz Jonas Trunk, presidente da companhia. A Linktel está concluindo a cobertura nas praias do Rio de Janeiro e os próximos investimentos serão feitos em cidades nordestinas.
Trunk reclama da falta de mais incentivos do governo para o setor. “Ao invés de ampliar a banda destinada ao wi-fi, como anunciou a Anatel, o Ministério das Comunicações deveria facilitar a fabricação dos equipamentos no Brasil”, sugeriu. Ele disse que um roteador profissional de maior capacidade custa, lá fora, pouco mais de US$ 1 mil e chega aqui por quase US$ 5 mil. Sem falar nos impostos, que chegam a 40% do valor cobrado.
Para o presidente da Linktel, sem apoio, dificilmente o país chegará a 2014 com o volume de hotspots semelhante ao de Londres nos jogos olímpicos de 2012, com 15 mil. Além do mais, sustenta que a rede de acesso à internet sem fio está concentrada predominantemente no Rio e São Paulo, incapaz de atender as cidades onde há carência de serviço de conexão à web.
Além de cobrir shopping centers, hotéis, universidades e aeroportos, a Linktel mantém parceria com a TIM e está prestes a fechar com a Vivo, em São Paulo. “O ideal seria que pudéssemos oferecer o serviço onde há carência, nos moldes do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), mas o custo ainda é muito alto para nós”, lamentou.
O governo se defende, afirmando que o Regime Especial de Tributação do Plano Nacional de Banda Larga (REPNBL) traz isenção para construção de redes wi-fi. “A adesão ao programa é que é difícil para empresas menores”, rebate Trunk.