O presidente da Telefônica na América Latina, Santiago Fernández Valbuena, afirmou nesta quinta-feira, em São Paulo, que o “futuro será bem diferente do passado” e que a empresa está atenta às inovações tecnológicas e o seu uso, principalmente entre os mais jovens, para planejar o seu futuro. “Queremos ser relevantes”, disse ele.
A empresa, associada ao jornal britânico Financial Times, divulgou uma pesquisa, realizada em 27 países, com jovens entre 18 e 30 anos, a chamada geração do milênio, que abordou temas como educação, mudanças climáticas, desigualdade social e o uso das novas tecnologias.
Segundo o levantamento, os brasileiros que acreditam estar antenados com as novidades tecnológicas é maior que a média global. Ela mostra que 26% dos “millennials” brasileiros acreditam fortemente estar na vanguarda da tecnologia, contra 19% na média dos demais países.
“Queremos entender a cabeça dessas pessoas que serão aquelas que estarão no comando das decisões nos próximos 20 anos. São as pessoas que podem fazer diferença e mudar o mundo”, disse. “Queremos conhecer melhor os nossos consumidores e uma coisa é certa. Temos muito mais dados disponíveis hoje do que no passado”, afirmou.
A pesquisa mostra ainda que 91% dos jovens brasileiros descreve seu conhecimento pessoal e familiaridade com a tecnologia como bom ou excelente, contra 79% do resto do mundo. A pesquisa, cujos resultados foram revelados na conferência FT-Telefónica Millennials Summit: The Interactive Generation, em São Paulo, estudo com a geração do milênio, também conhecida como geração Y, que ouviu mais de 12 mil pessoas em 27 países, 1.028 delas no Brasil.
No Brasil, 92% dos entrevistados acreditam que a tecnologia facilita a transposição de barreiras de linguagem, em comparação a 87% em todo o mundo. Além disso, 85% crê que a tecnologia tornou mais fácil encontrar um emprego, contra 83% na média mundial
Entre as maneiras mais importantes para fazer a diferença no mundo, os brasileiros destacaram a melhoria no acesso e na qualidade da educação (54%), proteção ao meio ambiente (45%) e eliminação da pobreza (43%).
“Na América Latina, as pessoas cada vez mais percebem que a educação é essencial para a progressão profissional na nova economia. Principalmente em uma região em que está gerando muitos empregos qualificados neste momento”, disse Jorge Chediek, coordenador residente do Sistema Nações Unidas no Brasil.