Medições apontam que medidas adotadas por provedores de conteúdo garantiram a qualidade e latência das conexões.
Segundo relatórios do Centro de Estudos e Pesquisas em Tecnologia de Redes e Operações (Ceptro.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), publicados nesta segunda-feira, 11, a pandemia da Covid-19 não gerou grandes impactos na qualidade das conexões de internet no Brasil.
O estudo tem como base o monitoramento dos diversos parâmetros de qualidade das redes, através das plataformas do Sistema de Medição de Tráfego (SIMET.br), em mais de 2800 municípios.
Apesar de uma queda de 10 Mbps no desempenho médio no download na semana de 23 de março, em relação ao período anterior, a queda na velocidade foi recuperada a partir da semana seguinte.
A melhora ocorreu depois que a Netflix, Youtube e Facebook anunciaram medidas para reduzir a qualidade dos vídeos nas transmissões streaming, como forma preventiva de reduzir o congestionamento das redes.
“É interessante notar um alívio dessa piora após o dia 25/3/2020, quando os principais serviços de streaming diminuíram a qualidade dos vídeos de maneira preventiva. Essa mudança é especialmente visível para a velocidade de download e número de medições”, aponta a análise do Ceptro/NIC.br.
As maiores quedas na velocidade de download ocorreram em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul.
A pandemia parece não ter gerado efeitos em estados do Centro-Oeste, Norte e Nordeste. No Sul e Sudeste foram mantidas as taxas de download próximo de 20 e 25 Mbps, respectivamente, enquanto as demais regiões permaneceram próximos de 12 Mbps.
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Quanto à latência, um fator que assegura qualidade na velocidade da internet, chegou a aumentar até 4 milissegundos em comparação com o período anterior ao surto do novo coronavírus. No entanto, ela já retornou aos níveis do início de fevereiro.
Apesar do aumento da demanda e das variações percebidas, as entidades não identificaram grandes problemas sistêmicos na internet.
Por isso, a conclusão dos relatórios é que os efeitos da pandemia não geram degradação da qualidade da internet no Brasil.
Com informações de Convergência Digital.