Clássico do cinema foi removido temporariamente do catálogo; entenda o motivo.
Serviços como o HBO Max e Disney+, comandados por estúdios que marcaram épocas nos cinemas, chegaram nos Estados Unidos e outros países com muitos clássicos no acervo. Entretanto, abordagens problemáticas do passado em alguns títulos não passaram despercebidas aos olhos do público.
Em tempos de movimentos como o #BlackLivesMatter (#VidasNegrasImportam), especialistas opinam que é necessário ter responsabilidade ao disponibilizar obras feitas em tempos marcados pela injustiça racial e outras questões.
É o caso do filme “E o Vento Levou”, um dos maiores clássicos de Hollywood e vencedor de oito estatuetas do Oscar. Assim que disponibilizado, ativistas negros se manifestaram contra a produção.
A história, segundo especialistas, é um retrato do sul dos Estados Unidos nos tempos de segregação racial, e mostra escravos conformados e seus proprietários brancos como verdadeiros heróis.
Outra polêmica que um dos filmes com maior bilheteria de todos os tempos carrega é a vitória da atriz Hattie McDaniel, primeira atriz negra a vencer um Oscar.
Na ocasião, a atriz foi impedida de se sentar com os colegas de elenco do filme e sua entrada na cerimônia da premiação precisou ser negociada, para que ela pudesse se sentar em uma pequena mesa ao fundo. Pois a Califórnia também era segregada.
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Por conta dos protestos, a Warner retirou o filme do catálogo, mas prometeu que retornará com a obra em breve, sem excluir cenas. O estúdio vai apenas incluir uma discussão do contexto histórico da obra.
Para a empresa, fazer cortes seria como dizer que preconceitos nunca existiram, o que não é verdade.
Em seu lançamento, o concorrente Disney+ enfrentou a mesma polêmica e precisou incluir avisos antes de obras como Peter Pan, Dumbo e outras, com o aviso de que o título pode conter representações culturais antiquadas.
Já o polêmico “Canção do Sul”, acusado de ter um teor racista, nunca será incluído no acervo, de acordo com a Disney.
Com informações de Variety