Apesar de um plano estratégico já bem estruturado, resultados da operadora ainda refletem o cenário de crise.
Em seus novos resultados financeiros, a Oi (OIBR3 / OIBR4) destaca o número de 1 milhão conquistado em assinantes na fibra óptica, assim como as 97 mil residências conectadas com a rede FTTH só no mês de abril.
Para quem ainda não está familiarizado, o produto será o grande carro-chefe da operadora nos próximos anos, assim que os outros ativos forem vendidos para outras companhias.
Na receita, o crescimento é de 701% anualmente, com a grande operação para expandir o alcance da conexão de ultra velocidade de prestadora.
“Com a estratégia de aceleração da venda de FTTH, a Oi segue comercializando também o IPTV e Voz na Fibra. Ao fim do 1T20, aproximadamente 86% de nossos clientes residenciais possuíam 2 ou mais produtos de FTTH (BL, TV e Voz) enquanto que, ao fim do 1T19, esse percentual era de 68%”, destacou a divulgação da Oi.
Pós-pago e TI corporativo também se destacam
O pós-pago foi também impulsionado nos resultados da Oi, assim como a receita do TI corporativo. Enquanto o primeiro registrou 12% de aumento, o segundo foi elevado em 38%.
A receita líquida da operadora nos primeiros três meses de 2020 somam R$ 4,74 bilhões. Anualmente, a queda foi de 7,4% e o Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1,53 bilhão.
Outro resultado que chama atenção é a dívida bruta da operadora em R$ 24,44 bilhões e o resultado que mais se destaca é no comparativo com o trimestre anterior, já que o crescimento foi de 34,1%.
Já Capex, que representa investimentos, ficou em R$ 1,7 bilhão, uma queda de quase 10% se comparado aos três meses anteriores de análise.
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Queda do tráfego de voz ainda tem impacto
Por último e não menos importante, temos a receita líquida consolidada da operadora, em 4,74 bilhões, uma redução de 7,4% anualmente e 3,4% trimestralmente.
Nas operações brasileiras, a Oi destaca uma redução de 7,6% e novamente atribui o resultado a queda do tráfego de voz, assim como a exposição aos serviços de cobre e DTH.
“Por outro lado, o rápido crescimento da receita de FTTH do Residencial, de TI do Corporativo e de dados do segmento de Mobilidade Pessoal, impulsionada pelo forte crescimento do pós-pago, compensaram parcialmente essa queda”, destacou a tele.
Em suma, o plano estratégico da Oi parece bem alinhado, já que o crescimento da operadora se concentra justamente na sua operação de maior investimento.
Mas, os reflexos do cenário de crise ainda se destacam. Não à toa, a empresa provavelmente passará por seu grande momento de recuperação a partir da venda dos ativos que colocou disponíveis.