22/11/2024

Reino Unido pretende acelerar retirada da Huawei de suas redes

Serviço secreto britânico afirma que agora tem ‘boas razões técnicas’ para eliminar fabricante chinesa de sua infraestrutura de telecom.

As autoridades do Reino Unido não estão apenas decididas a bloquear o uso de tecnologias da Huawei em sua infraestrutura de telecomunicações, mas também pretendem acelerar o processo, interrompendo a instalação de equipamentos da fabricante em um curtíssimo prazo, de apenas seis meses.

Em maio deste ano, o governo local havia determinado que a Huawei tinha até 2023 para reduzir seu envolvimento nas redes 5G do Reino Unido.

Entretanto, a partir de uma reavaliação de segurança, o serviço secreto britânico afirmou que o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, agora tem “boas razões técnicas” para começar a eliminar tecnologia da fabricante chinesa das redes 5G da Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.

“A avaliação de segurança agora é diferente, porque os fatores mudaram”, disse Sir John Sawers, ex-chefe da inteligência britânica.

Para isso, já estão sendo analisadas propostas para remover e substituir os hardwares existentes implementados.

Esta é mais uma reviravolta na questão do 5G no Reino Unido.

Em janeiro, o primeiro-ministro havia autorizado o uso da tecnologia chinesa nas redes 5G, desde que não ultrapassassem o teto de 35% de participação e somente com aprovação das agências de inteligência.

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Na época, a decisão foi contra os alertas emitidos pelos Estados Unidos de que a Huawei não é um fornecedor confiável, por realizar espionagem industrial para o governo chinês.

Porém, em maio, o governo britânico voltou atrás e anunciou que pretendia remover completamente os equipamentos da fabricante chinesa, por preocupações com a segurança.

Na última semana, a Huawei foi oficialmente designada como uma ameaça à segurança nacional pela Comissão Federal das Comunicações dos EUA (FCC, na sigla em inglês). Em comunicado, a fabricante chinesa afirmou que as sanções dos EUA contra a empresa “não são sobre segurança, mas sobre posição no mercado”.

Com informações de Gizmodo.

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