Motivo seria preocupações quanto à segurança da infraestrutura de redes.
Segundo fontes ouvidas pelo Reuters, a Telecom Italia, controladora da TIM no Brasil, não convidou a Huawei para participar de uma licitação para a compra de equipamentos para implantar suas infraestruturas de rede 5G na Itália e no Brasil.
Rumores apontam que companhia italiana está pensando em excluir a Huawei de suas redes 5G, por conta das preocupações quanto à segurança dos produtos da fabricante chinesa.
Para a licitação, foram convidadas a sueca Ericsson, a finlandesa Nokia, e as americanas Cisco, Mavenir e Affirmed Networks.
Representantes da Huawei na Itália e no Brasil não quiseram comentar.
A parceria entre a TIM Brasil e a Huawei é de longa data. Em 2015, por exemplo, as duas empresas assinaram um acordo de cooperação tecnológica, com o objetivo de fomentar pesquisa e desenvolvimento de tecnologias móveis, computação em nuvem e virtualização de redes.
Mais recentemente, em 2019, a TIM, a partir de parceria com a Huawei, instalou em Florianópolis a primeira antena para iniciar os testes com a rede 5G no Brasil.
Entretanto, as acusações de espionagem industrial em torno da Huawei, feitas pelos Estados Unidos, pode ter feito a companhia repensar a sua lista de potenciais fornecedores.
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Além da TIM, a Vivo também dá sinais que não pretende utilizar tecnologia chinesa em suas redes. Recentemente, o secretário de Estado americano citou a companhia brasileira como exemplo de operadora que não utilizará tecnologia de fornecedores não confiáveis.
Já a Claro, realizou um evento nesta quarta-feira, 9, anunciando a primeira rede comercial 5G do país, a partir de uma tecnologia DSS, desenvolvida pela Ericsson, para oferecer a conexão de quinta geração a partir das suas frequências do 4G.
[ATUALIZAÇÃO – 09/07/2020 18h09]:
A TIM emitiu a seguinte nota:
“A TIM Brasil informa que, ao contrário do que foi divulgado recentemente, ainda não tem definidos os fornecedores de equipamentos para o sistema 5G. A empresa fará seu processo de compras, sempre norteado por critérios de alta qualidade e preços competitivos, seguindo as regras definidas pelas instituições brasileiras”.
Com informações de Reuters.