Um dos pontos polêmicos em relação ao lançamento do 4G no Brasil diz respeito ao roaming, pois há a expectativa de oferecer o serviço aos turistas na ocasião dos eventos esportivos, como a Copa das Confederações em junho e a Copa do Mundo de 2014. Mas ainda não há nada concreto anunciado neste sentido. Ou seja: mesmo que o visitante possua um aparelho compatível com a frequência de 2,5 GHz escolhida para o 4G no País, ele poderá não conseguir conexão. Mas o diretor-geral da Vivo, Paulo César Teixeira, afirmou que a empresa está trabalhando nisso.
“Estamos em teste de roaming com várias operadoras, vamos anunciar no final de maio ao já ter fechado com algumas delas”, disse, durante lançamento da rede 4G da operadora nesta terça-feira (30) em São Paulo. Ele ressalta, entretanto, que não há obrigações previstas no edital do 4G para oferecer o serviço. “Naturalmente, o roaming em 3G e 3G Plus (nome comercial do HSPA+ na Vivo) permanece”, lembra ele.
Segundo o presidente da Vivo, Antonio Carlos Valente, as negociações para o roaming se darão de acordo com o histórico de relacionamento comercial e cultural do país com o Brasil. “E também com um intermediário em países onde não podemos fazer essa relação direta para esse tipo de acordo”, explica.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirma que é cedo. “O serviço de 4G ainda é novo, tem um ano e pouco nos primeiros países”, afirmou ele, lembrando que a pluralidade de frequências em cada mercado dificulta as negociações de compatibilidade de rede. “Isso, aliado ao fato de que as tarifas de roaming internacional são muito altas, leva a gente a aconselhar que o turista alugue um chip para pagar contas menores”, diz, sem levar em consideração a limitação de aparelhos compatíveis com a frequência de 2,5 GHz, que hoje é a menos comum entre os países que adotaram a tecnologia de 4G. A maior parte dos assinantes está nos EUA e países asiáticos, onde é utilizada a frequência de 700 MHz, ainda indisponível para banda larga móvel no Brasil.