Daqui a exatos quatro dias, o Brasil entra oficialmente na era 4G das telecomunicações. Não necessariamente com o pé direito. Para que a quarta geração de telefonia móvel mostre realmente a que veio no País levará tempo. E também custará caro. O desafio maior está na infraestrutura que precisará ser disponibilizada para o pleno funcionamento da rede. Um esforço hercúleo que esbarra num calhamaço de leis tão restritivas quanto antigas e pulverizadas.
O imbróglio é tanto que, por ora, os serviços 4G, capazes de oferecer tráfego de dados 10 a 15 vezes mais rápido que os 3G, tiveram sua estreia marcada só nas cidades-sede da Copa das Confederações, leia-se Recife, Brasília, Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Fortaleza.
Algumas operadoras, no entanto, queimaram a largada. A Claro foi a primeira a anunciar um portfólio de planos e aparelhos de quarta geração. E começou pelo Recife. A Vivo já anunciou suas estratégias e a Oi lançou seu portfólio 4G ontem (25). Do outro lado do balcão, os brasileiros aguardam tão ansiosos pela possibilidade de trafegar voz e dados sem tantos tropeços que, segundo o presidente da Anatel, João Rezende, nada menos que quatro milhões de celulares 4G deverão ser vendidos só até o fim deste ano.