A MFS, joint venture formada entre Telefônica/Vivo e MasterCard para o desenvolvimento de soluções de pagamentos móveis, começa a operar em maio.
Segundo o diretor de Produtos Financeiros da Vivo, Maurício Romão, o público-alvo são os clientes de pré-pagos e não bancarizados. “As transações devem girar no valor máximo de dois salários mínimos”, disse.
Entre as operações da nova empresa estão o pagamento de contas e transferências bancárias num sistema pré-pago, onde os clientes recarregam os créditos, como de celular, em supermercados ou bancas de jornal.
Segundo o executivo, o sistema já pode funcionar, mesmo que a regulamentação para os pagamentos móveis, em discussão pelo Banco Central, ainda não tenha sido finalizada. A expectativa é de que a MFS conte com 200 mil clientes até o fim do ano, o que equivaleria a cerca de 500 mil transações por mês. “Neste momento, terminamos os testes internos com 500 pessoas”. As transações são realizadas em um sistema compatível com aparelhos celulares mais simples, que são maioria entre a população brasileira.
Romão elogiou a redução de tributos sobre a venda de aparelhos smartphones. “Isso vai ampliar o consumo de dados entre os clientes e aumentar a venda dos aparelhos”, destacou. Na opinião dele, o aumento da penetração de aparelhos smartphones vai elevar ainda mais os pagamentos móveis de forma geral.
Outra iniciativa da companhia em relação a pagamentos móveis foi a recente parceria com o Bradesco para transações financeiras via tecnologia por aproximação (NFC, na sigla em inglês), que passa por testes internos. Romão prevê para o segundo semestre o início da operação comercial. “Não sabemos se outra tecnologia vai superar o NFC no futuro mas, por enquanto, é o que temos de melhor para pagamentos móveis”, declarou o executivo, que participou da 18ª Edição da Cards Conference, na capital paulista.
